A regional do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, representada pelos chefes e representantes dos órgãos e núcleos do governo estadual de Cornélio Procópio e região, e coordenada pela 18ª Regional de Saúde de Cornélio, esteve reunida na quarta-feira (22) passada para debater ações no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Segundo o chefe da 22ª Ciretran em Bandeirantes, Valbeti Palugan, esta foi a primeira reunião da regional do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue que foi instalada com a prerrogativa de atuar e trabalhar com ações na busca de eliminar e bloquear a proliferação da Dengue. De acordo com Palugan, os dados apresentados pela 18ª Regional de Saúde são preocupantes. “A Dengue mata. É preocupante porque há casos de morte já registrado no Paraná. E evitar a proliferação do mosquito, basta eliminar os criadouros. Como? Evitar o acúmulo de água, manter o quintal limpo, caixa d’água fechada. Atitudes simples que dão resultados positivos. Cada um fazendo sua parte. Tanto a população quanto o poder público. A determinação do nosso governador Ratinho Jr é que os órgãos estaduais atuem de forma dinâmica no combate a Dengue”, destacou. Palugan informou ainda que ele e sua equipe irão realizar semanalmente mutirão de limpeza no pátio da instituição em Bandeirantes, conferindo a ausência dos focos que podem servir de criadouro do mosquito. “São medidas preventivas sobre estes veículos que estão parados aqui”, comentou.
Antecedendo ao encontro que reuniu as chefias dos núcleos como Ciretrans, SEJUF, Cohapar, SEED, SEAB, IAT, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, e Casa Civil, a 18ª Regional de Saúde participou, por videoconferência, de reunião com a Defesa Civil do Paraná e SESA (Secretaria de Estado da Saúde) onde repassaram orientações sobre a instalação de gabinetes de crise e decretação de situação de emergência para representantes de municípios de todas as regiões do Paraná. A transmissão com as informações foram apresentadas simultaneamente para as 22 Regionais Estaduais de Saúde.
Durante a videoconferência, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, disse que diante da situação de epidemia de dengue, com 7.618 casos confirmados da doença neste período, os gestores devem estar preparados sobre como e quando decretar situação de emergência. “Caso a situação fique ainda mais grave, os gestores devem estar informados para enfrentarem o problema de forma organizada”, explicou.
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel do Corpo de Bombeiros Samuel Prestes, informou que existem normas e protocolos indicados pela Secretaria de Defesa Nacional, e que se os pedidos ocorrerem deverão ser avaliados diante do número de casos confirmados e da evolução da situação de emergência. “Existe um rol de documentos e de providências que devem ser tomadas para que o recurso de decretação de situação de emergência possa chegar. É preciso comprovar que os municípios extrapolaram sua capacidade de resposta diante do problema. Então é muito importante que os gestores conheçam as formas legais e legislativas para que não haja questionamento posterior junto a tribunais de contas”, disse o coordenador.
DECRETO – O decreto de situação de emergência deve ser assinado pelo governador, reconhecido pelo governo federal, e tem a duração de 180 dias. “A partir da oficialização deste documento, os municípios têm direito a recursos, diante das esferas governamentais, que podem ser carreados com mais facilidade para o enfrentamento da situação. São parâmetros parecidos para todos os tipos de situações, como desastres naturais, calamidades, enchentes, vendavais, inundações”, informou o coronel Prestes.
A coordenadora de Vigilância Ambiental da secretaria estadual, Ivana Belmonte, reforçou que a situação de cada município do Estado está sendo acompanhada pelas Regionais de Saúde e que se os pedidos de decreto chegarem até o Governo Estadual serão rigorosamente avaliados. “A incidência epidêmica não é fator determinante para este tipo de decreto. Devem ser avaliadas todas as possibilidades assistenciais de cada cidade”, complementou. (Da redação com assessoria).