Reunião da Amunorpi decidiu pelo confinamento na região até dia 20

De um lado autoridades sanitárias, governo do Estado e Ministério Público, orientando o fechamento do comércio. Do outro lado comerciantes e autônomos, reivindicando o direito de trabalhar. E em meio a essa pressão que vem de diferentes lados, prefeitos da região decidiram, após reunião na segunda-feira (06), pela manutenção da suspensão das atividades comerciais não essenciais.

A reunião, promovida pela Amunorpi (Associação dos Municípios do Norte Pioneiro), aconteceu em Jacarezinho e contou com a presença de alguns dos prefeitos dos municípios que compõe a associação, além da presença de representantes da 19ª Regional de Saúde.

Ainda que de forma não consensual, ficou decido pela manutenção da suspensão do funcionamento do comércio até o dia 20 deste mês. Mais uma vez, atividades essenciais estão liberadas a atuar, como já têm feito, desde que respeitando medidas preventivas à proliferação do Coronavírus.

Apesar da decisão, já existe entre uma parte dos prefeitos uma espécie de cansaço com a situação, uma vez que o comércio é um pilar fundamental na economia dos municípios da região e a manutenção das portas fechadas levará a prejuízos econômicos incalculáveis.

Por outro lado, se a região ainda tem um número considerado pequeno de casos de pacientes com Coronavírus, em muito se deve justamente ao isolamento social promovido. Além disso, sabe-se que na região a estrutura de saúde, tanto da rede pública quanto da rede particular, não teria condições de enfrentar um aumento substancial de uma doença que pode levar a graves quadros de saúde, como é o caso do Coronavírus.

Vale lembrar que no Norte Pioneiro existem 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Adulta, todos na Santa Casa de Misericórdia de Jacarezinho – há a expectativa pela eminente abertura da UTI no Hospital Regional, mas ainda seriam 20 leitos para uma população de aproximadamente 300 mil pessoas.

MUDANÇAS – Apesar da decisão da Amunorpi, o comércio de Cambará, por exemplo, voltou a funcionar nesta semana, mesmo com possibilidade de sanções por parte do MP. Várias outras prefeituras já fizeram ou estão fazendo decretos para flexibilizar o funcionamento dos comércios. Também já são frequentes as denúncias de estabelecimentos funcionando irregularmente, uma vez que as prefeituras não conseguem fiscalizar perímetros urbano e rural com grande eficiência.

JOAQUIM TÁVORA – Desde o começo da crise causada pelo Coronavírus e a decisão de fechar o comércio houve manifestações contrárias, como carreatas de comerciantes, por exemplo, em diferentes municípios. Na tarde de terça-feira (07) foi a vez de empreendedores de Joaquim Távora se reunirem em frente à prefeitura para pedir pela liberação das atividades. Entretanto, o prefeito local, Gelson Nassar (PSDB), explicou aos manifestantes que seguirá a ordem do Ministério Público pela manutenção do fechamento do comércio. (Tribuna do Vale e Marcos Junior).

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