A Secretaria da Saúde do Paraná recebeu no último dia 01 a visita técnica da consultoria do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde para reiterar junto as equipes profissionais as orientações sobre as campanhas de vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação. As campanhas foram antecipadas no Paraná, já estão acontecendo desde o início desde o dia 28 de setembro e seguem até o dia 30 de outubro.
A consultora do Programa Nacional de Imunização, Flávia Caselli Pacheco, participou de encontro com transmissão online, que contou com a participação de representantes das 22 Regionais de Saúde do Paraná, do Lacen (Laboratório Central do Estado), da Cemepar (Centro de Medicamentos do Paraná) e de secretarias municipais.
“Entendemos que o Paraná é um parceiro muito importante nesta luta nacional para o aumento da cobertura vacinal, principalmente, contra doenças que já tínhamos avançado bastante; estamos reforçando junto às áreas técnicas a importância de manter as ações de vacinação mesmo durante a pandemia”, disse a consultora.
“Nosso esforço é para recuperarmos as vacinas atrasadas de crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade; existe uma corrida para a vacina contra a Covid-19, mas temos doenças que são tão importantes e que também levam a óbito como sarampo, rubéola, febre amarela, difteria e tétano e para elas existe a vacina”, complementou.
DEVER DE CASA – O secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, disse que a vacinação representa a proteção efetiva da população. “Reafirmamos no início da campanha a importância das ações de vacinação; vacinar é dever de casa do governador, do secretário de Estado, dos prefeitos e secretários municipais; precisamos reinventar estratégias que alertem e incentivem a população para a imunização. As vacinas disponíveis na rede pública são seguras e evitam mortes”, afirmou Beto Preto.
PÓLIO – A vacinação contra a poliomielite é dirigida a crianças de 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A população desta faixa de idade estimada no Paraná é de 583.962 crianças e a meta é atingir o índice de 95% de cobertura vacinal.
“Não temos registros de casos pólio no país desde 1.989; mas o monitoramento é uma preocupação constante da saúde pública”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.
Segundo a coordenadora, uma das formas de se monitorar a doença é pelo registro nas instituições de saúde de casos de paralisias flácidas em crianças.
“Esta detecção é um sinal de que as equipes profissionais estão vigilantes contra todas as formas de paralisias. O Ministério da Saúde preconiza que pelo menos 23 casos de paralisias flácidas sejam notificados anualmente em cada Estado. As notificações dessas paralisias não significam que o vírus da pólio está circulando; ao contrário, é uma ação sentinela e indica que estamos vigilantes quanto a todas as paralisias, principalmente quanto à poliomielite, que é a forma mais grave da infecção”, ressaltou.
“Neste momento o Paraná tem 11 notificações para paralisias flácidas, por isso nosso alerta às equipes profissionais para que acolhem estes pacientes para fiquem vigilantes e notifiquem esses casos que são importantes indicativos epidemiológicos”, reiterou Acácia.
A poliomielite é causada por vírus, pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. A vacinação é a única forma de prevenção. Esta vacina é oral, com a aplicação de duas gotas em cada criança. (Da assessoria)