Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o SEGUNDO LIVRO de Tomás de Celano. Como diabo, chamando-o, tentou-o na luxúria, e como o santo superou.

Porque, embora o demônio tivesse comprovado muitas vezes que ele era um homem combativo e valoroso, e não abandonava a luta por uma hora sequer, estava sempre procurando agredir o seu vencedor. Em certa ocasião, o santo Pai teve uma gravíssima tentação do espírito, certamente para engrandecimento de sua coroa. Angustiado e repleto de dores, afligia e macerava o corpo, orava e chorava amargamente. Depois de diversos anos nessa luta, estava um dia rezando em Santa Maria da Porciúncula, quando ouviu em espírito estas palavras: “Francisco, se tiveres fé como um grão de mostarda, dirás a uma montanha para se mudar e ela se mudará (cfr. Mt 17,19) ”. Respondeu o santo: “Senhor, que montanha haveria eu de mudar? ” E ouviu outra vez: “A montanha é a tua tentação”. Então ele disse, a chorar: “Faça-se em mim, Senhor, como dissestes”. A tentação foi expulsa na mesma hora, ele ficou livre e absolutamente sossegado em seu interior. No eremitério dos frades em Sarciano, aquele malvado que sempre tem inveja dos aproveitamentos dos filhos de Deus preparou para o santo o que vamos narrar. Vendo que o santo ainda estava se santificando mais e que não descuidava do lucro de hoje pelo de ontem, numa noite em que estava em oração no seu cubículo, chamou-o três vezes dizendo: “Francisco, Francisco, Francisco! ” Ele respondeu dizendo: “Que queres? ” E ele: “Não há pecador nenhum no mundo a quem o Senhor não perdoe, se converter. Mas nunca vai obter misericórdia quem se matar por uma dura penitência”. O santo logo conheceu, por uma revelação, a astúcia do inimigo, que estava procurando fazer com que voltasse para uma vida morna. E então? O inimigo não desanimou e partiu para um novo ataque. Vendo que não tinha conseguido esconder-se nessa armadilha, armou outra, uma tentação da carne. Em vão, porém, porque aquele que tinha descoberto a malícia do espírito não pôde ser enganado pela carne. Então o demônio lhe aprontou uma gravíssima tentação de luxúria. Mas o bem-aventurado pai, logo que percebeu, tirou a roupa e se açoitou duramente com uma corda, dizendo: “Vamos, irmão asno, é assim que te deves comportar, é assim que tens de ser castigado. Esta é a túnica da ordem e não pode ser roubada. Se estás querendo ir para outro lugar, que te vás! ”. Quando viu que a tentação não ia embora nem com as chicotadas, apesar de já estar com o corpo todo marcado de sangue, abriu a cela, saiu para fora no bosque e mergulhou, despido, na neve alta. Depois encheu as mãos de neve e fez com ela sete torrões em forma de bolas. Colocou-os à sua frente e começou a dizer a seu corpo: – “Essa maior é tua mulher, essas outras quatro são teus dois filhos e duas filhas, as outras duas são o servo e a criada que precisas ter para o teu serviço. Apressa-te a vestir a todos, que estão morrendo de frio. Mas, se te parecer molesto todo esse cuidado por eles, tens que servir só ao Senhor, decididamente! ” O diabo foi logo embora confundido e o santo voltou para a cela glorificando a Deus. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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