Trata-se de um reconhecimento dado à alguns Estados brasileiros que estão livres da febre aftosa

Por Regiane Romão

O deputado federal Pedro Lupion (DEM) comemorou com publicação em sua página no facebook uma importante conquista para o país. De acordo com a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, o Brasil recebeu parecer favorável da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) e teve importante reconhecimento para os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, parte do Amazonas e do Mato Grosso. Esses estados, de acordo com os estudos realizados, são considerados zonas livres de febre aftosa sem vacinação.

Esse reconhecimento internacional é fundamental para o país. “Esse é um momento de celebrarmos e reconhecer o trabalho conjunto dos setores público e privado do nosso país”, comemorou o parlamentar paranaense.

O QUE É A FEBRE AFTOSA? – A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa desencadeada por um vírus. Ela afeta bovinos, ovinos, caprinos, suínos, camelídeos, elefantes e ruminantes silvestres. Em casos raros, o ser humano pode também ser acometido pela doença.

A febre aftosa ocorre em diferentes partes do mundo, sendo conhecidos casos na África, parte da Europa, Ásia, e em grande parte da América do Sul, incluindo o Brasil. Vale salientar, no entanto, que o último caso de febre aftosa no Brasil foi registrado em 2006.

O QUE CAUSA A FEBRE AFTOSA? – A febre aftosa é uma doença causada por um vírus da família Picornaviridae e gênero Aphthovirus. Já foram identificados sete tipos do vírus da aftosa: A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3 e ASIA1. Dentro de cada um desses tipos, existem subtipos dos vírus. Na América do Sul, observa-se a ocorrência de três tipos de vírus da aftosa A, O e C.

O vírus causador da febre aftosa é muito resistente às condições ambientais normais, podendo permanecer ativo por longos períodos. Entretanto, são inativados rapidamente em situações de alto ou baixo pH, luz solar, temperaturas elevadas e determinados desinfetantes.

COMO A FEBRE AFTOSA É TRANSMITIDA? – A febre aftosa é transmitida pelo contato de animais doentes com animais suscetíveis ou, ainda, pelo contato com objetos, água e alimentos contaminados. O animal doente elimina o vírus por saliva, leite, urina, fezes e sêmen, o que leva à contaminação do ambiente.

Geralmente a entrada do vírus no corpo do animal ocorre pelas mucosas das vias digestórias, quando esse animal se alimenta de água ou alimentos contaminados, ou pela via respiratória, quando o animal doente libera gotículas com o vírus.

QUAIS OS SINTOMAS DA FEBRE AFTOSA? – A febre aftosa é altamente contagiosa, entretanto, não apresenta alta mortalidade. Em animais adultos, a mortalidade fica em torno de 2%, enquanto, em rebanho jovem, ela é de cerca de 20%. A mortalidade em animais mais jovens decorre do surgimento de lesões cardíacas. Apesar da maioria dos animais não morrer em consequência da doença, eles ficam muito debilitados.

O sinal clínico mais conhecido da doença é o surgimento de vesículas (aftas) na região da boca e pés. Em bovinos, verifica-se salivação excessiva, dificuldade para alimentar-se, febre, inquietação, redução na produção de leite, dor nos tetos ao amamentar ou ordenhar, e emagrecimento.

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