Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Sobre as pessoas que ele libertou da boca da morte.
Foi afastada toda suspeita de que pudessem ter sido homens vivendo na carne e osso que fizeram isso, pois apesar de pesquisarem com muita diligência, não encontraram ninguém que tivesse pensado nisso. O filho de um nobre de Castel San Gimignano, atacado por grave doença, perdida toda esperança de saúde, tinha chegado ao fim. Um rio de sangue corria de seus olhos, como pode acontecer com uma veia do braço; e havia outros indícios concretos de morte próxima no resto do corpo, de modo que parecia já ter morrido. Reunidos os parentes e amigos, conforme o costume, para chorar, deu-se a ordem para o funeral e só se falava do sepultamento. Nessa ocasião, o pai, cercado pelo povo que chorava, recordou-se de uma visão de que tinha ouvido falar. Correu bem depressa para a igreja de São Francisco, que tinha sido construída naquela localidade, com uma corda no pescoço, prostrou-se por terra com toda a humildade diante do altar. Fazendo votos e multiplicando as preces, com seus suspiros e gemidos mereceu ter São Francisco como patrono diante de Cristo. O pai logo voltou para o filho e, encontrando-o devolvido à saúde, mudou o luto em alegria. Na Sicília, no burgo de Piazza, já celebravam os ritos eclesiásticos pela alma de um jovem; mas, quando um tio fez um voto a São Francisco, pela intercessão do santo o moço foi chamado da porta da morte para a vida. No mesmo burgo, um moço chamado Alexandre estava puxando uma corda com companheiros em cima de um profundo precipício. Partindo-se a corda, ele caiu no buraco e foi recolhido como morto. Mas seu pai, entre lágrimas e soluços, fez um voto a Francisco, santo de Cristo, e o recebeu sadio e incólume. Uma mulher da mesma localidade, que sofria de tuberculose, chegou ao extremo e lhe fizeram a encomendação da alma; mas o pai santíssimo foi invocado pelos presentes e ela foi devolvida à saúde na mesma hora. Em Rete, na diocese de Cosenza, aconteceu que dois meninos que lá moravam brigaram na escola e um foi ferido pelo outro no peito com tanta gravidade que, com o estômago muito afetado, punha para fora o alimento sem digerir e não conseguia alimentar-se. Não conseguia nem digerir a comida nem mantê-la em algum lugar, mas a expelia pela ferida. Como nenhum médico foi capaz de curá-lo, os pais e ele, por conselho de um frade, perdoou o que tinha feito o ferimento e fizeram voto a São Francisco: se arrancasse da boca da morte o menino mortalmente ferido e desenganado pelos médicos, mandá-lo-iam para sua igreja, e a enfeitariam em toda a volta com velas. Feito o voto, o menino ficou tão completa e admiravelmente libertado que os médicos de Palermo acharam que não teria sido menor o milagre se tivesse sido ressuscitado dos mortos. Enquanto duas pessoas se aproximavam juntas do Monte Trapani para seus negócios, uma ficou doente a ponto de morrer. Os médicos que foram chamados vieram, mas não conseguiram a cura. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.