Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Encarcerados e presos.
Em Massa de São Pedro, um pobrezinho devia uma quantia de dinheiro a um cavaleiro; como não pudesse pagar, pela miséria, foi aprisionado por seu credor, que o cobrava. Pediu que tivesse pena dele e rezava pedindo um adiamento por amor de São Francisco, achando que o cavaleiro respeitaria o famoso santo. O soberbo militar desprezou as súplicas, desprezando como bobagem o amor pelo santo. Respondeu teimosamente: “Vou te prender num lugar e num cárcere em que nem Francisco nem mais ninguém vai poder te ajudar”. E tentou fazer o que dizia. Encontrou um cárcere escuro, onde jogou o homem amarrado. Pouco depois apresentou-se São Francisco, que derrubou a porta e quebrou as correntes dos pés do prisioneiro, devolvendo-o são e salvo a sua casa. Para demonstrar o maravilhoso poder, cuja clemência tinha podido experimentar, o homem levou as correntes para a igreja de São Francisco em Assis. Assim o poder de São Francisco, vencendo o soberbo cavaleiro, libertou do mal o preso que se confiou a ele. Cinco oficiais de um grande príncipe, presos por suspeita, não só foram duramente acorrentados, mas também trancados num apertado cárcere. Ouvindo dizer que o bem-aventurado Francisco brilhava em toda parte por seus milagres, confiaram-se a ele com muita devoção. Certa noite São Francisco apareceu a um deles e prometeu que iria libertá-los. O que teve a visão ficou exultante e falou aos companheiros sobre a graça prometida. Mesmo nas trevas, eles choraram e se alegraram, fazendo votos e multiplicando as preces. Um deles logo começou a cavar a fortificadíssima torre com um osso. O duro material cedia como se fosse cinza compactada. Aberta a parede, tentou sair e, tendo quebrado as correntes, foram saindo um depois do outro. Se quisessem fugir ainda havia um imenso precipício, mas, o seu audaz comandante São Francisco deu-lhes a coragem de descer. Puderam afastar-se incólumes e seguros, e exaltaram com grandes louvores os feitos do santo. Alberto de Arezzo, mantido numa duríssima cadeia por dívidas injustamente dele cobradas, recomendou humildemente sua inocência a São Francisco. Amava muito a ordem dos frades e venerava com afeto especial o santo entre os outros santos. Mas o seu credor dissera blasfemando que nem Deus nem São Francisco poderiam libertá-lo de suas mãos. Aconteceu que na véspera do dia de São Francisco, ficando o preso sem comer, porque por amor de São Francisco deu a comida para um pobre, estava acordado de noite quando lhe apareceu São Francisco. À sua entrada, caíram-lhe as correntes dos pés e das mãos. As portas se abriram sozinhas e caíram as tábuas do teto, deixando o homem livre para voltar para casa. Desde então cumpriu o voto, jejuando na véspera de São Francisco e aumentando cada ano uma onça na vela da sua oferta anual. Um jovem da região de Città di Castello foi acusado de um incêndio e trancado em dura prisão; confiou então humildemente a sua causa a São Francisco. Uma noite, estando acorrentado e guardado, ouviu uma voz que dizia. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.