Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Sobre libertações do perigo do parto e sobre pessoas que não respeitaram sua festa.
Mandou construir uma belíssima igreja em honra do santo e a entregou aos frades. Nos arredores de Roma havia uma mulher chamada Beatriz, prestes a dar à luz, que já tinha um feto morto havia quatro dias no ventre e sofria angústias e dores muito grandes. O feto morto estava levando a mãe à morte e, como não tinha sido expulso, punha a mãe em perigo evidente. Tentou a ajuda dos médicos, a tentativa falhou emas todo remédio humano trabalhava em vão. Dessa forma, caía abundantemente sobre a pobre algo das primeiras maldições e, feita túmulo de sua criança, esperava como certa e próxima a sepultura. Afinal confiou-se através de intermediários aos frades menores com toda devoção, pedindo cheia de confiança alguma coisa das relíquias de São Francisco. Por vontade divina, acharam um pedaço de um cordão que o santo já usara na cintura. Logo que o colocaram sobre a doente, a dor acabou com toda facilidade, o feto morto, que era causa de morte, saiu, e ela voltou à saúde. A esposa de um nobre de Calvi, chamada Juliana, vivia tristemente havia anos pela morte dos filhos e estava sempre chorando sua infelicidade. Os filhos que tivera tinham sido todos levados pela terra e os brotos novos eram logo cortados pelo machado. Como já tinha no útero uma criança de quatro meses, entregava-se mais à tristeza que à alegria, com medo de que a falsa alegria do nascimento fosse frustrada pela tristeza da morte. Certa noite, quando estava dormindo, apareceu-lhe em sonhos uma mulher que trazia um bonito menininho nos braços, e o oferecia dizendo: “Recebe, senhora, este menino que São Francisco está te mandando! ”. Mas ela, como se não quisesse receber alguém que fosse perder logo depois, se recusava dizendo: “Para que quero esse menino se sei que vai morrer logo, como os outros? ”. A mulher disse: “Pegue, porque se é São Francisco que te manda, ele vai viver”. Depois de terem falado isso pela terceira vez, a senhora recebeu o menino nos braços. Logo acordou do sono e contou a visão ao marido. Os dois tiveram uma alegria muito grande e fizeram muitos votos para receber seu filho. Completou-se o tempo de dar à luz e a mulher teve um filho homem que, florescendo até a idade de vigor, compensou a perda dos mortos. Perto de Viterbo havia uma mulher, próxima do parto, mas ainda mais próxima da morte, atormentada por dores nas entranhas e por todo tipo de infortúnios das mulheres. Consultaram médicos, chamaram parteiras, mas, como não conseguiram nada, sobrou apenas o desespero. Aflita, invocou o bem-aventurado Francisco e, entre outras coisas, prometeu que celebraria sua festa enquanto fosse viva. Foi imediatamente libertada e terminou o parto na alegria. Mas, tendo conseguido o que queria, esqueceu-se da promessa. Pois foi lavar roupas no dia de São Francisco, não por ter esquecido, mas por não dar importância ao voto. Pois de repente uma dor insólita caiu sobre ela. Compreendendo o castigo, voltou para casa. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.