Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Sobre libertações do perigo do parto e sobre pessoas que não respeitaram sua festa.
Algo semelhante aconteceu na Campânia maior. Uma mulher, na vigília de São Francisco, mesmo tendo sido repreendida muitas vezes pelas vizinhas, porque não deixava de trabalhar nem na festa, continuou teimosamente seu serviço até tarde, sem parar de trabalhar. Mas depois do esforço ficou de repente com as mãos paralisadas e incapacitadas, com espanto e dor. Levantou-se imediatamente e declarando que devia respeitar a festa que tinha desprezado, fez nas mãos de um sacerdote um voto solene de observar para sempre com reverência a festa do santo. Feito o voto, foi levada a uma igreja construída para São Francisco e, no meio de muitas lágrimas, recuperou a saúde. Em Valladolid, uma mulher, repreendida por uma vizinha porque não respeitava a festa de São Francisco deixando de trabalhar, respondeu muito arrogante: “Se houvesse um santo para cada arte, o número de santos seria maior do que o de dias”. Mal pronunciou essa bobagem, ficou enlouquecida por intervenção divina e esteve muitos dias sem razão nem memória, até que pela prece de algumas pessoas que rezaram a São Francisco, a doidice passou.Na aldeia de Piglio, na Campânia, uma mulher fazia cuidadosa o seu trabalho, na festa de São Francisco. Foi fortemente repreendida por um nobre, porque todos respeitavam a festa com divina veneração, mas respondeu: “Falta pouco para acabar meu trabalho. Veja o Senhor se é que o ofendo”. Na mesma hora viu o juízo grave cair sobre sua filha, que estava sentada ao lado. A boca da menina entortou até as orelhas e, os olhos, como se fossem saltar, se retorciam terrivelmente. Acorreram mulheres de todo lado, maldizendo a impiedade da mãe pela filha inocente. Ela logo se prostrou no chão cheia de dor, prometendo que ia respeitar todos os anos o dia festivo, dando comida aos pobres por reverência a este santo. Acabou na mesma hora o tormento da filha, quando a mãe, que tinha pecado, se arrependeu da ofensa.Mateus de Tolentino. Tinha uma filha chamada Francisca. Como os frades estavam sendo transferidos para outro lugar, ficou muito irritado, tirou o nome de Francisco de sua filha e resolveu chama-la de Marta. Só que, perdendo o nome, perdeu também a saúde. De fato, como isso tinha acontecido pelo desprezo do pai e pelo ódio a seus filhos, a filha ficou gravemente doente e em perigo de morte. Atormentado por uma dor enorme por causa da situação da filha, foi repreendido pela mulher por odiar os servos de Deus e desprezar o nome do santo. Logo recorreu ao primeiro nome com devoção e revestiu a filha com o título que lhe tirara. No fim, levada com lágrimas paternas ao lugar dos frades, a menina recebeu de volta o nome e a saúde. Uma mulher de Pisa, não sabendo que estava grávida, trabalhou um dia inteiro numa igreja de São Francisco que estavam começando a construir na cidade. De noite, apareceu-lhe São Francisco com dois frades trazendo velas e disse: “Minha filha, concebeste e vais dar à luz um filho. Vais ficar feliz se lhe deres o meu nome”. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.