Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Sobre os cegos, surdos e mudos.
Um cego de Spello reencontrou a visão perdida havia muito tempo junto do túmulo do sagrado corpo.Em Poggibonsi, na diocese de Florença, uma mulher cega começou a visitar um oratório de São Francisco, por causa de uma revelação. Levada para lá, estava suplicantemente prostrada diante do altar quando recebeu a visão e voltou sozinha para casa.Uma outra mulher, de Camerino, tinha perdido toda a visão do olho direito, mas seus pais puseram sobre ele um pano que São Francisco tinha tocado, e assim, depois de fazer um voto, agradeceram ao Senhor Deus e a São Francisco por ela ter recuperado a visão.Algo semelhante aconteceu com uma mulher de Gúbio que, feito um voto, alegrou-se pela recuperação da vista.Um cidadão de Assis, cego fazia cinco anos, que sempre fora familiar de São Francisco durante sua vida, estava orando ao bem-aventurado e recordando sua antiga amizade quando tocou o sepulcro e foi libertado.Albertino de Narni, perdendo a visão, tinha as pálpebras caídas no rosto, fez um voto a São Francisco e mereceu ser iluminado e curado.Um moço, chamado Villa, não podia andar nem falar. A mãe fez um voto por ele e fez uma imagem de cera, levando-o com todo respeito ao lugar onde São Francisco repousa. Quando voltou para casa, encontrou o filho andando e falando.Um homem, no bispado de Perusa, totalmente privado da fala, andava sempre com a boca aberta, bocejando horrorosamente. Tinha a garganta inchada e túmida. Quando chegou ao lugar onde descansa o santíssimo Corpo, e quis chegar ao sepulcro subindo os degraus, vomitou muito sangue e ficou completamente livre, começando a falar e a fechar e abrir a boca como convém.Uma mulher tinha uma pedra na garganta e, por causa de uma grande inflamação, ficou com a língua seca. Não conseguia falar, nem comer ou beber. Tendo tomado muitos remédios sem sentir nenhuma melhora ou alívio, finalmente fez um voto a São Francisco no coração e, de repente, abrindo a garganta, expeliu a pedra. Bartolomeu da aldeia de Arpino, na diocese de Sora, privado da audição durante sete anos, invocou São Francisco e a recebeu de volta. Na cidade de Nicosia, um sacerdote levantou-se de manhã como costumava e, quando um leitor lhe pediu a costumeira bênção, respondeu murmurando não sei que barbaridade. Assim endoidou, foi levado para casa e perdeu de uma vez a fala por um mês. Por sugestão de um homem de Deus, fez um voto a São Francisco, voltou a falar e ficou livre da insânia. Na Sicília, uma mulher da aldeia de Piazza, privada da fala, rezou com a lingua do coração a São Francisco e recuperou a desejada graça de poder falar. Em São Severino, um moço chamado Ato, estava todo leproso. Todos os membros que lhe restavam estavam túmidos e inchados e via tudo com um olhar horrível. Por isso ficava sempre doente na cama, causando muita tristeza em seus pais. Um dia seu pai se dirigiu a ele e o convenceu a fazer um voto a São Francisco. Ele concordou com alegria e o pai mandou buscar um pavio de vela com o qual mediu a altura dele. Prometeu que todos os anos levaria a São Francisco uma vela do tamanho do rapaz. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.