Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Sobre diversos outros milagres.
Mas ele estava rezando no seu coração humildemente a Cristo, para que o libertasse pelos méritos de São Francisco. Logo, mal pronunciou com voz chorosa o nome de São Francisco, vomitou o veneno na frente de testemunhas. O senhor Trasmundo Anibaldi, cônsul de Roma, no tempo em que ocupava o cargo de podestá de Sena, na Toscana, tinha consigo um certo Nicolau, muito querido e disponível para cuidar das coisas da família. De repente manifestou-se uma doença mortal em seu maxilar, e os médicos achavam que estava à morte. Estando um pouco adormecido, teve uma visão da Virgem Mãe de Cristo, que lhe mandava fazer um voto a São Francisco e visitar sem demora o seu santuário. Levantou-se de manhã, contou a visão ao seu senhor, que ficou muito admirado, e correu para fazer a experiência. Tendo ido com ele a Assis, diante do túmulo de São Francisco recebeu logo o amigo curado. Foi admirável essa cura, mas ainda mais admirável a bondade da Virgem, que se dignou vir socorrer o homem doente e exaltou os méritos de nosso santo. Este santo sabe muito bem socorrer todos os que o invocam e não desdenha das necessidades de ninguém. Na Espanha, em Sahagun, um homem tinha uma cerejeira no jardim que, todos os anos, dava muitos frutos, proporcionando lucro k ao seu dono. Mas em certa ocasião a árvore secou e morreu até as raízes. O senhor pensou em arrancá-la para não ocupar mais terreno, mas um vizinho o aconselhou a confiá-la a São Francisco, e ele concordou. De maneira admirável, contra tudo que se podia esperar, a árvore reverdesceu, floresceu, cobriu-se de folhas e produziu frutos como costumava. Em agradecimento por tão grande milagre, todos os anos ele levava frutas para os frades. Em Villasilos, as videiras tinham sido atacadas por uma peste de vermes. Então os habitantes pediram conselho a um frade da Ordem dos Pregadores para darem remédio a essa peste. Ele lhes sugeriu que escolhessem dois santos, os que quisessem, e que elegessem um deles, São Francisco ou São Domingos, para que fosse o seu patrono. Tirando a sorte, caiu em São Francisco. Os homens recorreram à sua ajuda e a peste foi afastada na mesma hora. Por isso, têm especial devoção para com ele e veneram com muito afeto a sua Ordem. De fato, todos os anos, por causa do milagre, fazem uma oferta de vinho de suas vinhas como esmola aos frades. Perto de Palência, um sacerdote tinha um celeiro para conservar trigo, mas todos os anos ele era invadido pelo gorgulho, insetos especiais do trigo, que causavam dano ao sacerdote. O sacerdote, perturbado por toda essa despesa, pensou em algum remédio e confiou o celeiro à proteção de São Francisco. Feito isso, depois de pouco tempo encontrou todos os insetos juntos e mortos fora do celeiro, e nunca mais teve que sofrer a peste. Devoto por ter sido atendido, e grato pelo benefício, esse sacerdote fazia todos os anos uma doação de trigo aos pobres por amor a São Francisco. No tempo em que uma odiosa peste de gafanhotos devastou o reino da Apúlia, o senhor de um castelo chamado Petramala, confiou suplicantemente sua terra a São Francisco. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.