No Paraná, houve cumprimento de mandados em Goioerê, Guaratuba, Bandeirantes e Assis Chateaubriand

Bandeirantes está entre as cidades paranaenses em que houve cumprimento de mandados pela justiça, além de Goioerê, Guaratuba e Assis Chateaubriand

Redação e assessoria

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (2/12) a Operação Manifest, para desarticular organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de cocaína através da rota Bolívia-Paraguai-Brasil, com emprego de aeronaves.

Cerca de 150 policiais federais cumpriram 15 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Roraima e no Distrito Federal. Também foram executadas ordens judiciais para bloqueio de imóveis e contas bancárias, sequestro e apreensão de dez aeronaves e outros veículos e bens que estiverem em poder do grupo. 

No Paraná, houve cumprimento de mandados em Goioerê, Guaratuba, Bandeirantes e Assis Chateaubriand, sendo que no total foram cinco mandados de prisão expedidos, dois em Goioerê e um em cada, nas demais cidades. Ainda foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, cinco em Goioerê, dois em Assis Chateaubriand, um Guaratuba e um Bandeirantes.

Segundo a Policia Federal, os presos em Vacaria/RS eram responsáveis por encontrar locais para a aterrissagem dos aviões em fazendas, por receber a cocaína que vinha da Bolívia e Paraguai e direcioná-la, ainda em forma de pasta base, aos portos de Rio Grande e de Itajaí, em Santa Catarina. Eles foram ouvidos na sede da PF em Caxias do Sul e, depois, levados ao Presídio Estadual de Vacaria. Já os presos em Passo Fundo e Carazinho tinham a tarefa de distribuir internamente no Estado a droga já processada, eram as conhecidas mulas. Também foram presos preventivamente, em Santa Catarina, donos de empresas de aviação agrícola cujas aeronaves eram usadas no tráfico. Até o início da tarde de quinta-feira, empresários, pilotos e pessoas vinculados a parte operacional da logística do grupo já haviam sido presos, além de oito aeronaves apreendidos no Paraná e em Santa Catarina.

As investigações iniciaram em dezembro de 2020 a partir de um acidente aéreo ocorrido no município gaúcho de Muitos Capões. Na oportunidade, o avião utilizado para transportar a droga sofreu avarias no momento do pouso e permaneceu escondido, em meio à plantação, por cerca de uma semana. A apuração identificou que a organização criminosa é formada por empresários do setor de aviação agrícola, advogados, pilotos e indivíduos ligados à facção de atuação nacional.

Os crimes identificados, até o momento, são tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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