Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o resumo da primeira Vida – Tomás de Celano.

Começava todos os seus sermões falando da paz e ia ao encontro de todos usando a palavra da paz para saudar. Por isso muitos, que odiavam a paz e também a salvação, pela cooperação do senhor abraçaram a paz de todo coração, tornando-se também eles filhos da paz e êmulos da salvação eterna. Foram muitos, nobres e plebeus, clérigos e leigos que aderiram a seus passos e, desprezando toda pompa do mundo, dobraram o pescoço ao jugo de Deus. Ardia sinceramente no santo de Deus o afeto da piedade; assumiu um esforço vigilante para progredir em coisas melhores, quis aprender o que era proveitoso para si e para os seus. Rezava sem cessar, era inspirado por uma sagrada compunção, sofreava os impulsos da carne, foi introduzido no santuário de Deus, viu muito bem como seu rebanho haveria de aumentar. Deu graças a Deus, revelou aos filhos essas coisas que viu e muito mais. Por isso escreveu uma regra evangélica para si e para os seus, que tinha e que teria, e ela foi confirmada pelo Papa Inocêncio, por obra da graça de Deus. Assim saiu com a maior confiança para realizar no mundo a obra do Evangelho, sem usar nenhuma adulação, rejeitou as palavras aduladoras e pela prudência de suas respostas homens doutíssimos ficaram pasmados. Juntou seus irmãos dois a dois, segundo o Evangelho, e os enviou por todo o mundo. Chamou-os de menores para adornarem de maneira principal a profissão de seu nome com a virtude da humildade. Ensinou-os a mortificar os vícios, a reprimir os impulsos da carne, a tornar insensíveis os sentidos exteriores para tudo que ressoa. Pois ele mesmo, todas as vezes em que, como acontece, sentia os ímpetos da carne, mergulhava numa fossa cheia de gelo. Outros também imitaram esse exemplo de mortificação. Pesquisava os atos dos irmãos com cautela, não deixando nada impune, tornando-os sumamente obedientes. Dotado da maior abstinência, alterava o sabor das comidas, raramente provava vinho, mesmo água bebia menos do que o suficiente; sua cama era o chão nu, e dormia mais vezes sentado do que deitado. Para ser tido como abjeto e vil, deu muitas demonstrações de simplicidade, fugindo em tudo de ser admirado, para não cair na vaidade. Honrava de maneira especial os sacerdotes, e tinha admirável afeição pelos doutores da lei divina. Tornando-se digno de receber uma graça mais ampla, foi mais abundantemente banhado pelo orvalho do Espírito Santo. Pois, parecendo o sol, levado por uma quadrigas, visitou os frades no meio das trevas da noite, deslindou as consciências, abriu as coisas ocultas dos corações, teve conhecimento do que faziam os ausentes e predisse os méritos futuros. Este santo, chegando ao cume mais alto da perfeição, estava cheia da simplicidade de uma pomba, exortava todas as criaturas ao amor de Deus. Pregava para as aves, era escutado por elas, que, mesmo tocadas por ele, não iam embora a não ser quando lhes permitia. Chilreavam as andorinhas e não o deixavam falar ao povo; mandou fazer silêncio e obedeceram na mesma hora. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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