Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o resumo da primeira Vida – Tomás de Celano.

Mas procurou esconder isso quanto pôde dos olhos das pessoas, para não vir a perder nada da graça que lhe fora dada. Nesse mesmo tempo, seu corpo foi mais atormentado do que habitualmente pela doença e, chegando ao dia extremo, privado da luz e do uso dos olhos, como outrora o patriarca Jacó, juntando as mãos abençoou os filhos. Estando já próximo o dia da sua dissolução, mandou aos frades que cantassem com alegria os Louvores pela sua passagem. Ele mesmo iniciou o Salmo: “Com a minha voz clamei ao Senhor, com a minha voz supliquei ao Senhor” (cfr. Sl 141,2-8). E continuou o resto do Salmo. Leu-se o Evangelho, foi colocado em cima de um cilício, despedindo-se dos filhos. Assim aquela carne santíssima soltou-se do corpo e foi absorvida no abismo da claridade; o corpo adormeceu no Senhor. Sua alma foi vista por alguém subindo ao céu como que carregada por uma nuvenzinha branca, como uma estrela brilhando. As pessoas chegavam aos grupos de toda parte, a cidade de Assis se alegrou e toda a região deu-se pressa. Os filhos choravam pelo gozo do coração e beijavam no pai as marcas do sumo Rei. O corpo santíssimo foi enterrado em paz e completaram-se as santas exéquias com hinos e muitos louvores. No mesmo dia em que foi sepultado, esparramou raios de sinais. Pois uma menininha, curva e muito retorcida, foi devolvida por ele ao estado normal. Depois, de a graça da cura por toda parte, mas principalmente para os que vinham recordá-lo, e para os que estavam afligidos por doenças graves, ajudou muitas pessoas aleijadas a voltarem ao estado normal: uns tinham as pernas retorcidas até as nádegas, alguns tinham os joelhos ligados ao peito e, com as pernas quebradas, ficavam enrolados no chão. Alguns, deitados em macas, só se moviam se outros os ajudassem, alguns tinham as mãos contraídas e os outros, com os membros enrijecidos, ficavam sem nenhuma consolação. Restituiu a visão a muitos cegos e a um até a deu, porque nunca enxergara; a outro, que tinha os olhos derramados para fora, pendendo no rosto por uma tênue veia, fê-los voltar ao lugar. Também fez surdos ouvirem e mudos falarem, sendo que a um deles deu língua pois, se é que a teve antes, era tão curta que apenas ou nunca pôde ser vista; curou dois leprosos, um dos quais também era paralítico, mas conseguiu a cura das duas doenças. Expulsou os demônios de muitos obsessos, curou pela virtude de Cristo hidrópicos, paralíticos e pessoas com diversos outros males, cujo número nem conhecemos. De fato, na cidade de Cápua ressuscitou um menino que tinha caído no rio quando brincava com as outras crianças, e cujo cadáver o lodo do rio tinha coberto por muito tempo como um túmulo. Na cidade de Suessa, uma casa caiu de repente e matou um moço que, quando se invocou o santíssimo Pai Francisco, não só reviveu, mas se mostrou ileso. Na Sicília libertou um outro moço de uma morte semelhante e o devolveu gloriosamente à vida. Na Alemanha também ressuscitou outro morto. E há mais outros sete, que já estavam próximos do fim e ele arrancou da boca da morte. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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