Automóveis que pertenciam a Yoricide Miyoshi, ladeados de familiares seus (Foto cedida por seu filho Shideo Miyoshi)

Os Pioneiros, por ramo de atividade no povoado

Décima Terceira Parte

Walter de Oliveira*

Estamos, como é do conhecimento dos nossos leitores, listando os nomes dos nossos pioneiros (por ramo de atividade) do povoado da estação e da cidade, entre os anos de 1931 a 1950. Terminamos o artigo anterior listando na letra “d”, o pioneiro Augusto Ragazzi, do ramo de “automóveis de aluguel” (os táxis atuais). Vendo a publicação do artigo, notamos haver trocado o nome do segundo “chauffeur” da esquerda para a direita na foto que ilustrou o artigo. No lugar do nome de Antônio Pinhão, leia-se José Pinhão.

Dando hoje sequência à nossa listagem, vamos encontrar na letra e) o “chauffeur de praça” Bruno Birgel, do qual sabemos apenas o nome;

Yoricide Miyoshi, esposa e filhos posando ao lado caminhão com que ele transportava cereais da zona rural para a cidade (Foto cedida por seu filho Shideo Miyoshi)

f) Eduardo Martins Santana, mais conhecido por Eduardo Pinhão. Eram três, os Pinhões que se dedicaram a esse ramo, e todos irmãos. Dentre eles, Eduardo era, manifestamente, o preferido da população rural, preferência essa decorrente da maneira atenciosa com que tratava as pessoas. Era coisa comum, quando ele, de volta à cidade após uma corrida feita à zona rural, dar “carona” a uma ou mais pessoas que estavam indo a pé para a cidade. E isso dizemos por mais de uma vez termos sido um dos seus “caronistas”. Eduardo foi casado com dona Aldina Marques da Silva e o casal teve os seguintes filhos: Evaldo, Arnaldo e Manuel (são esses os nomes que conseguimos de seus filhos);

g) Eurides Lucena. Desse, a exemplo de Bruno Birgel, sabemos apenas o nome, cujo complemento (Lucena), sugere que fosse irmão de Abelardo e João Lucena, dos quais já fizemos referência em artigo anterior;

h) Francisco Miyoshi (cujo nome real era Yoricide Miyoshi). Superlativamente gentil e carismático, Yoricide tornou-se uma das pessoas mais populares do munícipio naqueles tempos. Após haver sido “chauffeur de praça”, trabalhou no transporte de cereais da zona rural para a cidade, para o que se servia de uma carroça puxada por cinco burros. Após isso, foi dono de posto de combustível – o famoso “Posto Miyoshi”. Por fim, a sua popularidade o levou à atividade política, tendo sido um dos nossos mais atuantes vereadores. Casado com dona Tioka, o casal teve os seguintes filhos: Shideo (também conhecido por Roberto), Raul (já falecido), Hideiti, Paulo, Yorikazu, Tieko e Yaeco;

i) Generoso Costa. Dono de um Chevrolet cor verde-metálico, Generoso foi casado, porém não ficamos sabendo o nome de sua esposa, mas sabemos que o casal não teve filhos. A exemplo de Antônio Portugal, Generoso Costa era também requisitado para viagens de longos percursos, como Londrina, Maringá, Curitiba e São Paulo. Registramos desse pioneiro um fato bastante curioso e raro: o seu último automóvel, usado na praça, um Aero Willys, que depois foi adquirido por um cidadão que o vendeu para José Dias Neto, que com seu irmão João Dias, são os donos do Bar e Lanchonete Lagoinha. Ainda em estado de ótima conservação, esse automóvel pode ser visto na casa do seu atual e referido proprietário;

j) João Miyoshi (cujo nome é Minoro Miyoshi). Irmão de Yoricide, Miyoshi, esse “chauffeur de praça” era dono também de um Chevrolet de cor marrom-cerâmica, que era tratado com a maior atenção e cuidado, motivo pelo qual estava sempre reluzindo. João Miyoshi acabou por ser o chofer preferido dos fazendeiros de café, com moradias em São Paulo. Exemplo disso era o fazendeiro Sylvino de Almeida Sampaio, que a cada sessenta dias desembarcava na estação ferroviária, onde ele a sua elegante esposa dona Francisca, tomavam o reluzente Chevrolet de Miyoshi e seguiam às vezes para a Fazenda Santo Antônio e às vezes para a fazenda Bela Vista. João Miyoshi foi casado com dona Mitsuyo Miamoto e o casal, ao que nos foi informado, teve os seguintes filhos: Miguel, Jacinto, Luiz, Arlindo, Mitico e Fugico;

k) Nesta letra listaremos dois irmãos: José e João Martins Santana, que eram irmãos do já citado Eduardo, do qual seguiam a mesma cartilha de conduta e por isso, eram imbatíveis na preferência da população rural. José Martins Santana foi casado com dona Maximina da Silva Godinho, cujos filhos não sabemos os nomes. João Martins Santana, foi casado com dona Maria Granado e o casal teve os seguintes filhos: José, João, Manoel, Antônio, Moisés, Leonor, Venina, Odete e Luzia;

l) Miguel Antônio da Silva (conhecido por Miguelzinho), foi casado com dona Izaura Portugal (irmã de Antônio Portugal), com quem teve os seguintes filhos: Fernando, Alfredo (já falecido) e Marilda, esta, residente nesta cidade e pessoa de bastante popularidade;

m) Cerrando a fila dos pioneiros nesse ramo, registramos Pedro Pacheco, do qual, a exemplo do seu colega Bruno Birgel, sabemos apenas o nome.

(continua…)

* Walter de Oliveira, 89, articulista desta Folha, é bandeirantense, nascido em 1932

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