Os Pioneiros, por ramo de atividade no povoado
Décima Quinta Parte
*Walter De Oliveira
Iniciamos estes fragmentos fazendo algumas correções e adições em nosso artigo anterior (não necessita citar os dados dos dias do artigo – quem leu e fez observações sabe), as quais são feitas visando a uma maior exatidão e fidelidade destes fragmentos, que escritos há quase um século da ocorrência dos fatos e quem deles participou, estarão sempre sujeitos a elas. A primeira se refere à letra “b” da listagem dos pioneiros no ramo de “Bazares”, quando ao listarmos José Alves Machado, dissemos que a sua filha Maria era mãe de quatro filhos, os quais nominamos. E nossa atenta leitora Mafalda Giovanetti observou que a senhora Maria, sua mãe, teve cinco filhos, nos alertando sobre a filha mais nova do casal, Heloísa. A segunda correção é na letra “c” da mesma listagem, ao citarmos o “Bazar Oriente”. Ali, citamos o nome de seu dono como Kenin Yamamoto (conforme o livro de Solano Medina), quando o correto, conforme observado pela nossa leitora Anita Balduino, é Kenji Iwamoto, ou Paulo Iwamoto, como era conhecido. Dissemos ainda àquela oportunidade, que sabíamos que o dito pioneiro era casado, porém, que ignorávamos se o casal teve filhos. Todavia, após a publicação do artigo, fomos honrados com a observação da leitora dona Meire Ochiai (esposa de Kunio Ochiai e mãe da colunista desta Folha, Christie Ochiai), nos informando os nomes que ignorávamos. Ela nos relatou que a esposa de Kenji chamava-se Haruko Iwamoto e que os filhos do casal eram Miguel, Osvaldo, Haruo, Tereza e Kazuo.
Após as primeiras informações da Sra. Ochiai e do compartilhamento do artigo no Facebook, surgiram novas e oportuníssimas informações sobre Paulo Iwamoto, a saber: 01) A leitora e nossa caríssima amiga Anita Balduino nos informa, lá da longínqua Espanha, que na sua adolescência chegou a passar a ferro, camisas do Miguel, filho mais velho do casal Kenji/Haruko; 02) Adázio Matheus nos informa que seu irmão Adauto trabalhou no Bazar Oriente, ao tempo que gerenciava-o o Waldemiro Evangelista da Silva; 03) Nivaldo Magagnin, à época gerente local do Banco Noroeste de São Paulo, nos informa de Curitiba, que Osvaldo Iwamoto mudou-se para aquela capital, onde formou-se em meteorologia e acabou sendo uma referência em matéria de previsão do tempo.
A segunda correção que fazemos cuida de excluir a letra “b)” da listagem dos pioneiros no ramo de beneficiamento de arroz e milho, em nosso último artigo. Citamos nessa lista o nome de Guerino Ranucci como pioneiro bandeirantense dessa atividade, por assim se achar no livro de Solano Medina. Ocorre que em conversa com o amigo Geraldo Jacobucci, antigo morador de Santa Amélia (e há muito residindo em Bandeirantes), ele nos confirmou que o Sr. Guerino era pioneiro sim, mas em outro ramo e naquela comunidade. Aduzimos à oportunidade à letra “d)” da mesma listagem, os nomes de Eni e Ely, que são os filhos do pioneiro Ely Arantes Pereira e dona Kazuo Hamada, o que fazemos graças à generosa observação do atento amigo e leitor Roberto Casali Pavan. E por último, repassamos aos nossos leitores a informação que nos foi passada pela sobrecitada Sra. Eni, de que tem lembrança do seu pai ter sido delegado de polícia à época do seu dito pioneirismo, pelo que a agradecemos. Encerradas essas imprescindíveis correções e adições, voltamos à listagem dos pioneiros do ramo de beneficiamento de arroz e de milho.
e) Encontramos o nome de Motoso Ando, cuja beneficiadora se ocupava da primeira fase do beneficiamento de milho. Esse pioneiro não trabalhava num endereço fixo, posto que a máquina por ele operada era montada na carroceria de um mini caminhão, que se dirigia de uma propriedade rural a outra. Ou seja, era uma unidade beneficiadora ambulante e o que ela fazia, era debulhar as espigas de milho “em casca”. O inovador invento usado por Motoso Ando e que revolucionou o cultivo do milho, foi concebido por seu conterrâneo do Japão, o ferreiro Yoshiji Kajiwara. A empresa (digamos assim) de Matoso Ando ficava na garagem da sua casa, situada na Avenida Minas Gerais (hoje Prefeito Moacyr Castanho), em frente ao atual Supermercado União. Casado com Sumiko Ando, o casal, até onde sabemos, teve dois filhos, Carlos e Luiz, sendo que este último mudou-se para Curitiba, onde ganhou projeção pessoal suficiente para se candidatar e ser eleito deputado estadual: o primeiro – e até hoje único – bandeirantense nato a ter assento na Assembleia Legislativa do estado;
f) Massao Hashimoto. Deste, tudo o que conseguimos saber é que foi casado com dona Shizuko Miyoshi e que com ela teve os filhos Caio, Lúcio, Elizete e Armando. As informações sobre este pioneiro e de vários outros já citados (bem como de outros tantos por vir), nós as dissemos – e deveremos – ao Sr. Bruno Azzolin Medeiros, oficial do Registro Civil do município e ao amigo Silmar Cordeiro de Souza, escrevente da mesma serventia da justiça. Somos penhoradamente gratos a ambos pela atenção, solicitude e presteza no atendimento às nossas solicitações de informações.
(continua…)
* Walter de Oliveira, 89, articulista desta Folha, é bandeirantense, nascido em 1932