Estudantes de escolas estaduais do programa Robótica Paraná estão voltados ao futuro

Uma das novidades desta edição do Programa Agrinho, o concurso Robótica estimulou alunos a utilizarem a tecnologia para solucionar problemas concretos no campo. Usando componentes como placas, sensores, módulos e luzes de led, os estudantes desenvolveram projetos, como uma miniestação meteorológica, irrigação por gotejamento e uma sirene programável. No total, 32 iniciativas foram premiadas, demonstrando que os estudantes de escolas estaduais do programa Robótica Paraná estão voltados ao futuro.

Para o aluno Rafael Batista Lima, de 15 anos, o Agrinho serviu de estímulo para desenvolver soluções relacionadas ao dia a dia no campo. “Quando surgiu a oportunidade de participar, a gente pesquisou vários temas e discutiu ideias que poderiam ser aplicadas na prática. No kit do Robótica Paraná tinha vários sensores e aí veio a ideia”, contou o estudante, do Colégio Estadual Prof. Maria Aparecida Chuery Salcedo, de Siqueira Campos, no Norte Pioneiro.

Com esses componentes em mãos, Lima desenvolveu uma miniestação meteorológica que faz monitoramento das variações climáticas do ambiente – como temperatura e umidade. Os dados são compilados e podem ser exibidos em diversos gráficos ou com tratamentos diferentes. As informações podem ser acessadas de qualquer dispositivo com acesso à rede. “Nunca tinha passado pela minha cabeça fazer um projeto de robótica voltado ao agro. Eu comecei a mexer com robótica como hobby. Mas acabou surgindo essa oportunidade e deu certo”, comemorou. “A gente teve que superar vários problemas, o desenvolvimento não foi fácil, mas foi um ótimo aprendizado”, acrescentou.

A inspiração para outro projeto premiado teve como base a racionalização dos recursos naturais. O aluno Bruno Gabriel Storki Lourenço, de 18 anos, desenvolveu um sistema de irrigação por gotejamento, que pode ser adaptado a várias culturas, aproveitando melhor a água e gerando economia. O projeto-piloto se voltou à pecuária de leite e à sericultura, atividades presentes em Diamante do Sul, Noroeste do Estado, onde ele mora. “A gente desenvolveu a irrigação por meio de sensores de umidade de solo, que captam a corrente elétrica presente e emitem uma onda de energia para o dispositivo que aciona uma bomba, ligando o sistema de irrigação”, disse o estudante. “Eu já tinha interesse em robótica, tenho vontade de montar um quarto futurista. Foi uma experiência muito diferente, mas muito legal”, acrescentou.

Orientador do projeto, o professor Willyam Junior da Silva destacou a adequação do projeto às necessidades reais de produtores da região. “A gente buscou desenvolver uma ideia que desse para implementar no nosso município, onde 70% da renda da população vêm dessas áreas de cultivo. É uma forma de desmistificar que robótica só pode ser um quarto futurista. Pode ser um projeto para um pequeno município também”, definiu.

Outro premiado solucionou um problema concreto da própria escola. No Colégio Estadual Marquês de Herval, o sinal de início e término de cada aula era soado manualmente. Ao longo das aulas de robótica, o aluno Rian Francisco Magalhães, de 15 anos, e o professor Hercio Moreira dos Santos Junior tiveram a ideia de desenvolver uma sirene programável. O sistema consiste em uma placa eletrônica conectada a um relógio. A cada horário pré-definido, o circuito aciona a sirene. “Sempre esqueciam de bater o sino. Às vezes, o pessoal da cozinha tinha que parar o que estava fazendo para ir acionar a sirene. Agora já é tudo automático”, explicou o professor Santos Junior. “Comecei a pesquisar e descobrimos como fazer esse projeto. Eu quero seguir carreira nessa área, aliando ideias ao campo, já que minha família é do meio rural”, disse Magalhães. (Redação e assessoria)

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