Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar a falar de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.

A morte de santa Clara

Por isso, no ano 1253, no dia seguinte à festa de São Lourenço, aquela alma santíssima saiu do cárcere da carne para receber o prêmio perene, e já dissolvido o templo do corpo, o espírito migrou feliz para os astros. Passados poucos dias, Inês foi chamada às núpcias e, de acordo com o que fora predito por uma revelação profética enquanto ela ainda vivia, seguiu sua irmã Clara para onde as duas filhas de Sião, irmãs pela natureza, pela graça e pelo reino, alegram-se em Deus sem fim. Para as filhas que ficaram desoladas depois disso pelo afastamento de tão grande mãe e esperavam a consolação do Senhor como lhes fora prometido, brilhou o fulgor da compaixão suprema. Pois a virgem Clara começou bem depressa a cintilar pelos prodígios dos milagres, quando ao invocá-la com devoção os demônios eram expulsos dos corpos dos obesos e diversa doenças eram curadas. Também eram devolvidos o caminhar aos coxos, a visão aos cegos, a discrição e o bom senso aos maníacos e doidos. Também algumas crianças do condado de Assis, quando suas mães invocavam com confiança o nome da referida virgem, foram tirados até da boca e dos dentes dos lobos, pois essa peste grassava naquele tempo nos confins da região para punir as maldades dos homens pecadores, mas foi afastada pela intercessão de tão piedosa mãe, que já reinava com Cristo pois quando foi crescendo a fama verdadeira dessas obras admiráveis e de outras semelhantes, e chegou ao sumo pontífice, o senhor Alexandre, amigo de toda religiosidade, que conhecera a principal santidade da virgem durante sua vida e por experiência certa, depois de uma pesquisa legitima e de uma avaliação diligente das virtudes, que em sua esposa o piedoso e justo Senhor tinha demonstrado do excelso, com conselho comum e o consentimento de todos os seus irmãos e prelados que estavam então na cúria romana, mandou que ela fosse incluída solenemente no catálogo dos santos. Assim Clara, pelos seus méritos enquanto viveu, e já absorvida no abismo da perpétua claridade, não deixando de brilhar por seus prodígios ainda mais preclaros desde o dia de seu trânsito até o presente, manifesta mais claramente do que a luz que aquele que observar perfeitamente o voto de pobreza, obediência e castidade, como de toda perfeição evangélica será introduzido na claridade da glória suprema para constituir os olhares claros. Intercede por nós, vos pedimos, junto de Cristo, mãe piedosa das pobrezinhas e companheira das virgens, para que o exército dos militantes do rei da glória, que pelos teus sagrados méritos, preces e exemplos, atraíste para o gemido da penitência salutar, para a norma da justiça perfeita, também por teus intercessores arrastes atrás de ti para o gozo e a glória sempiterna, para onde nos leve o nosso rei e comandante, Cristo Jesus crucificado, ao qual com o Pai e o Espírito Santo cabem toda honra e glória pelos infinitos séculos dos séculos. Amém…

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa

Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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