Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar a falar de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.

 

São Boaventura – às Clarissas

 

Dizia o referido Frei Estevão que tinha ouvido o bem-aventurado Francisco pronunciar estas palavras: “Até agora a ferida estava na carne e havia esperança de poder curá-la; agora penetrou nos ossos e vai ficar quase incurável”. Os que me ilustram terão a vida eterna”(cf. Ecle 24, 22). Estas palavras, Santo Padre, adaptam-se hoje, e muito bem, a Santa Clara. Com efeito, como vós sabeis, o que é obscuro vai ser esclarecido e o que é claro vai ser luminoso. É por isso que, conforme Ezequiel (cf. Ez 21, 10-15): a espada foi aguçada para matar as vítimas, foi limada para brilhar. Portanto, a bem-aventurada Clara, por ser clara de três maneiras: isto é, pela consciência pura diante de Deus, pela fama diante do próximo, e pela operação dos milagres diante dos santos, diz-nos e nos propõe esta palavra: “Os que me ilustram… isto é, os que me inscrevem no catálogo dos santos, para que brilhem as lâmpadas diante do meu túmulo, como brilham diante do túmulo dos outros santos, terão a vida eterna. Por essa razão, Pai santíssimo, dou meu conselho não só pelo que aqui foi dito com tanta sabedoria pelo venerável padre, sua eminência o Cardeal Richard, mas também vos suplico com insistência que a inscrevas no catálogo dos santos, para que, pelas suas orações e méritos, possamos alcançar a vida eterna. O Bem-aventurado Francisco adquiriu breviário para seus companheiros Frei Ângelo e Frei Leão e, no tempo em que tinha saúde, sempre quis recitar o ofício como está contido na Regra. No tempo em que esteve doente, como não podia recitá-lo, queria ouvi-lo. E continuou a fazer isso enquanto viveu. Também mandou escrever este Evangeliário e, no dia em que não podia em que não podia ouvir a missa por causa da doença ou de algum outro manifesto impedimento, fazia com que lhe lessem o evangelho que se lia na igreja, na missa daquele dia. E continuou a fazer isso até sua morte. Pois dizia: Quando não ouço a missa, adoro o corpo de Cristo com os olhos da mente na oração, do mesmo jeito que o adoro quando o vejo na missa. Depois de ouvir ou ler o evangelho, o bem-aventurado Francisco sempre beijava o livro, pela maior reverência ao Senhor. A virgem gera filhas, conscientes da mente materna, esposas e companheiras de Cristo, que não conhecem corrupção. Derrama-se o nome claro, espalha-se o nome santo, cresce a doutrina de fato, a virtude divina se estende. Constroem-se conventos, cresce o número das Irmãs, difunde-se o conhecimento da mãe, vista pelos espaços do mundo. Definha a força do corpo, por uma doença de muito tempo, chega ao máximo o vigor, a virtude do sagrado peito. No fim, oprimida pela doença, vai embora imensamente alegre, encerra-se o último dia, retorna ao céu o espírito. Aos que te prestam louvor, ajuda com as preces piedosas, fica junto dos que pedem, com tuas súplicas ó virgem. Pelo mérito desta virgem, demos louvor ao Pai não gerado, Glória ao Unigênito, A virtude maior ao Paráclito. …

 

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa

Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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