Estão abertas as inscrições para o segundo ciclo do programa Agente Local de Inovação Rural (ALI Rural) no Norte Pioneiro. As atividades começam neste mês de abril e terão duração de oito meses. O atendimento gratuito é voltado para produtores rurais, pequenas agroindústrias e empresas do agronegócio que buscam inovar em seus processos e produtos.
A região conta com dez agentes, distribuídos pelos municípios de Wenceslau Braz, Siqueira Campos, Santana do Itararé, Japira, Jaboti, Pinhalão, Congonhinhas, Carlópolis, Ribeirão Claro, Jacarezinho, Cambará, Andirá e Bandeirantes. Em média, cada agente atende uma turma de aproximadamente 15 produtores rurais. Informações sobre inscrições podem ser obtidas pelo telefone (43) 3511-2650.
A jornada ALI Rural é realizada em dez encontros, sendo dois coletivos e oito individuais, que serão iniciados a partir da aplicação do diagnóstico e da construção de um plano de ação para melhorias, com o uso de ferramentas e soluções que potencializam a inovação na empresa rural. Os agentes podem contribuir com a melhora de processos produtivos, controles gerenciais, redução de custos, desenvolvimento de novos produtos, marketing e vendas.
O consultor do Sebrae/PR, Odemir Capello, explica que o atendimento é presencial na empresa ou na propriedade e que o foco do programa, no norte pioneiro, é trabalhar pela melhoria e acesso a mercado dos produtos diferenciados.
“O ALI assessora os produtores e os ajuda a conectar a inovação com o mercado. Prospectamos produtos diferenciados para melhorá-los, dar visibilidade e fazer com que cheguem ao mercado”, afirma.
O técnico em agropecuária e queijeiro, Leomar Melo Martins, participou do primeiro ciclo do programa e colhe resultados nas áreas de marketing e relacionamento com o cliente. Em 2003, ele deixou a cidade em busca de mais qualidade de vida no campo e mudou-se com a esposa e os dois filhos para o Sítio Aliança, uma propriedade de 3,5 alqueires, em Santana do Itararé.
Começou a produzir queijos para consumo próprio com o conhecimento adquirido a partir da experiência de 18 anos de trabalho em laticínio. Quase precisou vender a propriedade após uma grave crise financeira. Mas, o queijo se tornou uma atividade econômica rentável, especialmente após receber duas importantes premiações, medalhas de prata no Concurso de Queijos Artesanais do Paraná, em 2018, e também no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours, célebre concurso de lácteos realizado na França.
Com a visibilidade trazida pelas premiações, Martins viu a necessidade de profissionalizar o negócio e, para isso, buscou apoio do Sebrae/PR. Com ajuda do ALI Rural, estabeleceu um processo para atendimento via WhatsApp, contato pós-venda com os clientes, e criou uma página exclusiva para a divulgação dos queijos no Instagram. “Estamos muito satisfeitos com o atendimento. Precisava compreender sobre marketing, embalagens, planilha de custos e o Sebrae/PR nos abriu portas”, conta.
Hoje, os queijos produzidos no Sítio Aliança possuem o selo SIM SerTãoBras e se consolidaram como produtos diferenciados do norte pioneiro do Paraná. (Assessoria e redação)