Foram beneficiados cerca de 800 moradores de sete aldeias de Itaipulândia e Santa Helena, no Oeste do Estado

Itaipu Binacional (margem brasileira) concluiu no último dia 05 a distribuição de 2,5 toneladas de peixes para sete comunidades indígenas da região Oeste do Paraná. Também foram doadas 200 cestas básicas. A ação beneficiou cerca de 800 pessoas de famílias de Itaipulândia e Santa Helena, municípios do Oeste do Estado.

A distribuição foi dividida em duas etapas, para facilitar a conservação do alimento pelas famílias. A outra metade do pescado já havia sido entregue na semana passada. Os peixes doados são da espécie pacu, nativa da Bacia do Rio Paraná, e foram adquiridos pela Itaipu de produtores da região.

“O peixe faz parte da nossa cultura e melhora a nossa alimentação. As pessoas estão todas felizes. Agradecemos a Itaipu pela iniciativa”, afirmou o cacique da aldeia Aty Mirim, Natalino Almeida Peres. O cacique da aldeia Tape Jere, Lino Pereira, que é representante do Conselho Municipal de Segurança Alimentar de Itaipulândia, acompanhou a entrega nas duas aldeias do município.

Paulo Porto, gestor dos Programas de Sustentabilidade Indígena da Itaipu, disse que a distribuição de peixes e cestas básicas é emergencial e visa atender famílias em estado de vulnerabilidade social. “Vamos atuar em duas frentes: a emergencial, sempre que necessário, e com a formulação de políticas de longo prazo, para que essas comunidades possam se autossustentar”, afirmou.

Porto lembrou que, historicamente, a empresa sempre apoiou três comunidades indígenas da região, que são formalmente reconhecidas: Tekoha Ocoy, em São Miguel do Iguaçu; e Tekoha Añetete e Tekoha Itamarã, em Diamante D’Oeste. “A novidade é que não são mais três aldeias (com apoio da Binacional). No Oeste, serão pelo menos 24 comunidades.”

Ele citou como exemplo a distribuição, na segunda quinzena de junho, de aproximadamente 900 cestas básicas para 17 comunidades guaranis de Guaíra e Terra Roxa. “A nova gestão de Itaipu entende que tem que ampliar o raio de ação. Temos que apoiar essa rede de comunidades indígenas”, completou.

No final de abril, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar possíveis reparações para todos os povos avá-guarani na região Oeste. O grupo está em fase de formação e será composto por representantes do próprio ministério, da Itaipu, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Casa Civil, Advocacia Geral da União (AGU) e lideranças indígenas.

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