Paz e Bem, meu amigo e irmão, estamos falando de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.
A canonização da virgem Santa Clara
Tiago, filho da espolatena, cego havia doze anos, tinha um guia para o caminho, e sem condutor não podia ir a lugar nenhum sem cair num precipício. Numa noite em que estava dormindo junto à ponte de Narni, apareceu-lhe em sonhos uma senhora, dizendo: Tiago, porque não vens a mim em Assis para que te liberte? Quando se levantou, de manhã, contou a outros dois cegos a visão. Eles disseram: Ouvimos falar que uma senhora morreu faz pouco tempo em Assis, e dizem que por seus méritos a mão do Senhor faz muitos milagres. Ouvimos falar que uma senhora morreu faz pouco tempo em Assis, e dizem que por seus méritos a mão do Senhor faz muitos milagres. Ouvindo isso, sem preguiça ele tratou de ir logo e, na noite seguinte, hospedado em Espoleto, teve outra vez a mesma visão. Finalmente chegou a Assis e, com muita dificuldade, conseguiu chegar perto do túmulo. Depois que chegou lá, tirou os calçados, despiu a roupa e, amarrando uma correia no pescoço, foi humildemente ao túmulo, onde caiu num sono lento. Santa Clara lhe disse; levanta-te porque estás curado. Ele se levantou de repente, dissipada toda a cegueira e recuperou claramente por Clara a claridade da luz. Exaltou Clara e convidou todos a louvá-la. Quando ocupava a sé de São Pedro o senhor Alexandre IV, varão amigo de toda santidade, quando já corria a fama desses e de muitos outros milagres, e o próprio mundo esperava a canonização de tão grande virgem, o referido pontífice começou a tratar disso com os cardeais. Entregou-se a pessoas solenes e discretas o exame dos milagres e também a discussão das grandezas de sua vida. Demonstrou-se que Clara foi preclaríssima enquanto viveu pelo exercício de todas as virtudes e também que depois da morte devia ser admirada pelos milagres verdadeiros e comprovados. No dia marcado, reunindo-se o grupo dos cardeais e dos bispos, a assembleia do clero e uma grande multidão de sábios e poderosos, o sumo pontífice propôs o assunto e todos concordaram, dizendo que Clara tinha que ser celebrada na terra, pois Deus quis glorificá-la nas alturas. Por isso, dois anos depois de sua morte, depois de um sermão, o Papa Alexandre colocou Clara no catálogo dos santos com a maior solenidade, e determinou que sua festa fosse celebrada no segundo dia dos idos de agosto. O próprio papa foi o primeiro a celebrá-la solenemente com toda a cúria. Isso tudo foi feito em Anagni, na igreja mor, no ano 1255 do Senhor, primeiro do seu pontificado. Passados cinco anos, completada a igreja e dedicado o altar para honra da gloriosa Clara, o predito vigário de Cristo, papa Alexandre IV, mandou que fosse transladado solenemente o corpo da virgem Clara. Pois destinou um privilégio especial para fazer sua translação de maneira mais conveniente e devota. O teor desse privilégio é o seguinte; Alexandre, bispo, servo dos servos de Deus, aos veneráveis bispos das dioceses de Perusa, Espoleto e Assis deseja saúde e a bênção apostólica. Como na vigília da festa de São Francisco.
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa
Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.