No domingo, a Itaipu fechou totalmente o vertedouro, depois de onze dias de atividades ininterruptas. O escoamento de água será reduzido gradualmente. O vertedouro foi aberto no dia 1º de novembro, para escoar o excedente de água não utilizada para a geração de energia elétrica, em função das chuvas a montante (acima) da hidrelétrica, no Rio Paraná, onde está instalada a usina.
Segundo o superintendente de Operação da Itaipu, Rodrigo Pimenta, “a usina operou o vertedouro de forma a garantir a segurança da barragem e contribuir para mitigar o impacto das cheias na fronteira com o Paraguai, parte mais afetada pelas chuvas”, disse.
Com três calhas (esquerda, central e direita) e 14 comportas, o vertedouro tem a função descarregar toda a água não utilizada para geração.
A capacidade máxima do vertedouro é de 62,2 mil m³/s, 40 vezes superior à vazão média das Cataratas do Iguaçu. A abertura do vertedouro é uma situação rara. Este ano, por exemplo, foi aberto apenas três vezes.
Com uma produção de energia em torno de em 10,4 mil megawatts (MW) médios, a usina de Itaipu superou na sexta-feira (10) toda a produção de 2022, ultrapassando a marca de 69 milhões de MWh. Desde o início da operação da usina, em maio de 1984, a Binacional já produziu mais de 2,9 bilhões de MWh de energia acumulada.
Quanto mais Itaipu produz, melhor para o consumidor brasileiro. O custo da energia da hidrelétrica binacional é o terceiro mais barato do Brasil, superior apenas ao custo das usinas cotistas da Lei número 12.783/13 e o das usinas hidrelétricas do Rio Madeira – Santo Antônio e Jirau – e do Rio Xingu – Belo Monte.