Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos falar sobre o bem-aventurado Francisco.

PRIMEIRO LIVRO de Tomás de Celano – Primeira Vida.

Para louvor e glória de Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Começa a vida do nosso beatíssimo Pai Francisco.

Voltou de Roma para o vale de Espoleto

Na verdade, o Senhor estava com São Francisco, onde quer que ele fosse, alegrando-o com revelações e animando-o com benefícios. Certa noite, viu-se em sonhos andando por um caminho, ao lado do qual havia uma árvore de grande porte. A árvore era bela e forte, grossa e muito alta. E aconteceu que, estando debaixo dela a admirar sua beleza e altura, o próprio santo tornou-se de repente tão alto que tocava o cimo da árvore e com suas mãos conseguia vergá-la facilmente até o chão. De fato, foi o que aconteceu quando Inocêncio III, a árvore mais alta e mais respeitável do mundo, se inclinou com tanta benignidade ao pedido e à vontade de Francisco. Muito contentes com a bondade e generosidade do grande pai e senhor, Francisco e seus irmãos deram graças a Deus todo-poderoso, que exalta os humildes e conforta os aflitos (Jó 5,11). Foram logo visitar o túmulo de São Pedro e, terminada a oração, saíram de Roma e tomaram o caminho do vale de Espoleto. Durante a viagem, conversavam sobre tantos e tão grandes dons de Deus clementíssimo: como tinham sido cordialmente recebidos pelo vigário de Cristo, senhor e pai de todo o povo cristão; como poderiam pôr em prática suas admoestações e preceitos; como poderiam observar com sinceridade e guardar com firmeza a Regra que tinham recebido; como fariam para viver diante de Deus com toda santidade e religiosidade; como, finalmente, sua vida e costumes, pelo crescimento das virtudes, poderiam servir de exemplo para os outros. Mas, enquanto os novos discípulos de Cristo discutiam bastante sobre esses assuntos, como numa escola de humildade, o dia se adiantou e a hora passou. Chegaram a um lugar solitário, muito cansados, e, com fome, não conseguiram nada para comer, porque estavam longe de qualquer povoação. Subitamente, porém, por graça de Deus, encontraram um homem com um pão, deu-lhes e se foi. Como não o conheciam, ficaram profundamente admirados. Cheios de devoção, exortavam-se mutuamente a ter maior confiança na misericórdia de Deus. Reconfortados pelo alimento, chegaram a um lugar perto de Orte, e ali ficaram quase quinze dias. Para terem o que comer, alguns deles iam à cidade e levavam aos outros o pouco que podiam recolher, mendigando de porta em porta. Comiam juntos, cheios de alegria e dando graças. Se sobrava alguma coisa, não tendo ninguém a quem dar, guardavam-na, para comê-la depois. O lugar era deserto e abandonado e pouca gente, ou ninguém, passava por ali. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa

Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui