Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos falar sobre o bem-aventurado Francisco.
PRIMEIRO LIVRO de Tomás de Celano – Primeira Vida.

Para louvor e glória de Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Começa a vida do nosso beatíssimo Pai Francisco.

Da fama de São Francisco e da conversão de muitos para Deus

O lugar era deserto e abandonado e pouca gente, ou ninguém, passava por ali. Grande era seu regozijo por nada verem, nem possuírem que os pudesse prender às coisas vãs e agradáveis aos sentidos. Por isso iniciaram aí sua aliança com a santa pobreza e, extraordinariamente consolados pela falta de todas as coisas que são do mundo, decidiram permanecer sempre e em toda parte unidos a ela, como estavam ali. Pondo de lado toda solicitude pelos bens terrenos, só lhes interessava a consolação de Deus. Por isso resolveram com firmeza não se apartar dos braços da pobreza por maiores que fossem as tribulações e tentações. Embora a amenidade daquele lugar, que bem lhes poderia debilitar não pouco o verdadeiro vigor do espírito, não os estivesse prendendo, eles o abandonaram para que uma permanência mais longa não tivesse nem exteriormente alguma aparência de posse, e, seguindo o feliz pai, entraram no vale de Espoleto daquele tempo. Fiéis cultores da justiça, discutiam também se deveriam permanecer entre os homens ou retirar-se para lugares desertos. Mas São Francisco, que não confiava em sua sabedoria mas prevenia tudo com a santa oração, preferiu não viver apenas para si mesmo, mas para aquele que morreu por todos, convencido de que tinha sido mandado para conquistar para Deus as almas que o demônio se empenhava em arrebatar. Valoroso soldado de Cristo, Francisco percorria as cidades e povoados anunciando o reino de Deus, proclamando a paz, pregando a salvação e a penitência para a remissão dos pecados, sem usar os argumentos da sabedoria humana, mas a doutrina e a força do Espírito. Apoiado na autorização apostólica que lhe fora concedida, agia em tudo destemidamente, sem adular nem tentar seduzir ninguém com moleza. Não sabia lisonjear as culpas de ninguém, mas pungi-las. Não tentava desculpar a vida dos pecadores, mas atacava-os com áspera reprimenda, tanto mais que tinha posto primeiro em prática as coisas que aconselhava aos outros. Sem medo de que o repreendessem, anunciava a verdade destemidamente, de maneira que até os homens mais letrados, que gozavam de renome e dignidade, admiravam seus sermões e em sua presença sentiam-se possuídos de temor salutar. Acorriam homens e mulheres, clérigos e religiosos, para verem e ouvirem o santo de Deus, que a todos parecia um homem de outro mundo. Sem distinção de idade ou sexo, corriam todos para assistir às maravilhas que Deus estava realizando outra vez por seu servo neste mundo. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa  Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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