Em todo o Paraná, assim como em Bandeirantes e a microrregião, já foi dado o início a realização da campanha de vacinação contra paralisia infantil, ou poliomielite. Segundo a enfermeira do Setor de Imunização, Thais Jardim Gusmão, além da dose contra a pólio, também está sendo feita para o vírus da Influenza (gripe) e a atualização da carteirinha de vacinas da criança e do adolescente. “Para deixar em dia as vacinas de rotina, as que estiverem em atraso”, mencionou.
A campanha contra a paralisia infantil acontece em todo o território nacional que teve início esta semana, dia 27, sendo que o Dia D está previsto para o dia 08 de junho (sábado), e encerrando as ações dia 14 (sexta-feira). Os pais ou responsáveis das crianças que têm idade de dois meses a menores de cinco anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), devem levar nos locais de atendimento com a carteira de vacinas: Posto Central (AMI); UBS Teixeirinha; e UBS IBC 1.
NO PARANÁ – A estimativa é que 717.915 crianças paranaenses nesta faixa etária recebam essa vacina no Estado. A meta é atingir 95% de cobertura da vacina durante o ano. As crianças menores de um ano deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal atual para o esquema primário aos dois, quatro e seis meses de idade (três doses da Vacina Inativada Poliomielite — VIP). Nesta faixa, o Estado estima que 139.732 crianças sejam vacinadas. Para o púbico de um a quatro anos (578.183 crianças), deve ser utilizada a Vacina Oral Poliomielite (VOP).
A poliomielite também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que em geral acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. No Paraná, o último registro da doença foi em 1986, em São José dos Pinhais. Já no Brasil, o último caso foi registrado em 1989, na Paraíba. A poliomielite está erradicada no País desde 1994. A transmissão acontece diretamente de uma pessoa para outra através de gotas muito pequenas que saem da nossa boca e nariz quando falamos, tossimos ou espirramos. A transmissão também pode acontecer quando a pessoa tem contato direto com fezes contaminadas ou bebe água ou come alimentos contaminados. O vírus da pólio se desenvolve na garganta ou no intestino e se espalha pela corrente sanguínea. Ao chegar ao sistema nervoso central (medula e cérebro), o vírus ataca os neurônios e pode provocar paralisia.
A principal forma de prevenção contra essa doença é a vacina. Segundo o Ministério da Saúde, desde 2016 as coberturas vacinais têm apresentado uma queda progressiva em todo o País. De acordo com dados do LocalizaSUS, do Ministério da Saúde, no ano passado, o Brasil fechou em 84,95% de cobertura da VIP, sendo que o Paraná atingiu 90,18%. Já com relação a VOP, em 2023 o Brasil atingiu 76,99% e o Paraná 83,38%.