A Compagas anunciou nesta segunda-feira (24) um investimento de R$ 505 milhões até 2029 no Paraná. Dentro desse pacote estão R$ 100 milhões para a expansão da rede de gás canalizado entre Londrina e Maringá. Serão construídos, ao todo, 60 quilômetros de rede para atender os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular, sendo que o fornecimento na região ocorrerá 100% com biometano.
Dentro essa rede, oito quilômetros de rede serão construídos em Maringá para atender o segmento industrial da região, 19 quilômetros conectando os municípios de Londrina, Cambé e Rolândia e 34 quilômetros atenderão o bairro Gleba Palhano, localizado na zona Sul de Londrina e considerado uma das regiões mais valorizadas no setor imobiliário e de intenso comércio.
Outra área que contará com novo investimentos é a Região Metropolitana de Curitiba. A Compagas anunciou a construção de 52 quilômetros de gasoduto entre os municípios de Araucária e Lapa. O investimento de R$ 108 milhões vai atender um importante eixo agroindustrial do Estado e, em especial, a fábrica do Grupo Potencial Biodiesel, na cidade da Lapa.
Além do gasoduto, também foi assinado um termo de compromisso entre o Governo do Estado e a Potencial para a implantação de dois dutos de biocombustível entre Araucária e Lapa. O investimento da empresa no empreendimento será de cerca de R$ 200 milhões. A planta da Potencial de biodiesel é a maior do Brasil e uma das cinco maiores do mundo, produzindo cerca de 900 milhões de litros ao ano.
Os investimentos fazem parte do novo contrato de concessão da Compagas, que passa a valer a partir do mês de julho e que define metas para o aumento da oferta de gás natural e biometano e o atendimento de novas regiões no Paraná para os próximos 30 anos.
“O Paraná, que é o maior gerador de energia renovável do Brasil, pode se transformar na Arábia Saudita do biogás e biometano. Temos um potencial muito grande na geração, que é feita através dos dejetos de animais e biomassa vegetal, como do setor sucroalcooleiro”, explicou o governador Ratinho Junior durante o anúncio. “Estamos organizando todo o ecossistema para a geração de biogás e biometano no Paraná. Tanto na parte tributária e fiscal da cadeia como na infraestrutura de produção e escoamento, criando um novo corredor de desenvolvimento”.
“O gás natural continua sendo uma fonte importante, mas a inclusão do biometano traz uma pegada mais sustentável para atender as demandas ambientais e dos nossos clientes e também as metas de ESG da empresa”, completou o CEO, Rafael Lamastra Junior. “O Paraná lidera o potencial produtivo de biogás no Sul do País. Precisamos aproveitar o potencial paranaense em geração de biometano para tornarmos o Estado mais sustentável e com menos emissões, como mais uma alternativa para a descarbonização da matriz energética”.