Dados refletem cenário de urgência com medidas que foquem na preservação da vida

O Brasil vive uma preocupante escalada de sinistros fatais de trânsito, com números alarmantes pelo terceiro ano consecutivo. Em 2024, dados revelam que o número de mortes no trânsito subiu significativamente em várias regiões do país, refletindo um cenário de urgência para ações mais eficazes na prevenção de sinistros.

Segundo a Agência Brasil, em São Paulo as mortes no trânsito cresceram 23,1% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2023, com destaque negativo para o aumento de atropelamentos e colisões em áreas urbanas e rodovias​. Em Minas Gerais o número de mortes aumentou 6,8%, de 1.885 para 2.014, entre 2020 e 2023, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito. Lá, no período de 2015 a 2023, verificou-se que os homens apresentaram maior percentual (81%) dos óbitos por sinistros de trânsito.​ Em Goiás, o cenário é igualmente preocupante, com mais de 56 mil vítimas fatais de sinistros de trânsito do início do ano até agora.

De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), este é o terceiro ano consecutivo de aumento das mortes no trânsito brasileiro e, desde que o total de mortes voltou a crescer, o aumento se concentra nas regiões Norte e Centro-Oeste. Ainda conforme a entidade o crescimento é mais intenso nos estados do Mato Grosso, Roraima, Rondônia e Amapá.

TECNOLOGIA – Nesse cenário é urgente adotar ações e comportamentos que visem salvar vidas nas ruas e vias do país. Reduzir a velocidade é, sem dúvida, uma das medidas a serem tomadas. A fiscalização eletrônica e o uso de tecnologias avançadas para gerenciar o tráfego também ajudam nesse objetivo, pois são fundamentais para garantir o cumprimento das leis e aumentar a segurança nas vias. “O monitoramento constante e a adoção de limites de velocidade mais baixos em áreas críticas podem reduzir drasticamente o número de vítimas e garantir um trânsito mais seguro e humanizado”, comenta Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons.

Estudos e a Organização Mundial de Saúde (OMS) enfatizam que a redução de velocidade pode salvar vidas. Da mesma forma, outros comportamentos individuais afetam diretamente os índices de fatalidade e sinistralidade; conduzir usando celular, não respeitar a sinalização e associar álcool e volante, por exemplo. “O trânsito é um imenso espaço democrático feito de pessoas.  Assim, para irmos e voltarmos em segurança, para que nenhuma vida seja perdida num deslocamento, é um dever priorizar o coletivo e não o indivíduo”, finaliza Campos. (Assessoria)

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