Josias Souza Dias foi condenado nesta sexta-feira (07) pelo Tribunal do Júri de Bandeirantes a 37 anos, 1 mês e 15 dias de reclusão em regime fechado pelo duplo feminicídio: da companheira, Josiane Aparecida de Oliveira, e da enteada, Isabela Fernanda de Oliveira Ramos, uma menor de idade. O crime brutal ocorreu na residência da família, no bairro Deijo Mineiro, em 30 de março de 2023, e chocou a comunidade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Josias Souza Dias assassinou Isabela Fernanda com três golpes de faca na região torácica, demonstrando extrema crueldade e dificultando qualquer chance de defesa da vítima. Em seguida, o criminoso esperou a chegada da companheira, Josiane Aparecida de Oliveira, e a atacou com múltiplos golpes de faca, incluindo um ferimento fatal no pescoço.
Testemunhas relataram que o crime aconteceu por discussões entre o acusado e Josiane, relacionadas à divididas de drogas e jogos de azar. A denúncia do Ministério Público também aponta que Josias Souza Dias tentou se apropriar dos recursos financeiros da família após cometer os assassinatos.
JULGAMENTO – O julgamento ocorreu no Fórum de Bandeirantes e contou com a atuação do Ministério Público, representado pela promotora de Justiça Virginia Gracia Prado Domingues, e da defesa do réu, a cargo da advogada Ana Lúcia Maso Borba Navolar.
O júri analisou provas contundentes apresentadas pela acusação, como laudos periciais e depoimentos de testemunhas, que não deixaram dúvidas sobre a culpa de Josias Souza Dias. Após as deliberações, o réu foi condenado a cumprir integralmente sua pena em regime fechado, sem direito a responder em liberdade.
JUSTIÇA E REFLEXÃO – A condenação de Josias Souza Dias é um passo importante na luta contra a violência doméstica e o feminicídio, crimes que continuam a ser uma grave preocupação no Brasil. Organizações e movimentos sociais têm destacado a importância de denunciar qualquer forma de agressão e buscar apoio em casos de violência de gênero.
Este caso trágico serve como um alerta para a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes no combate à violência contra a mulher, garantindo segurança e justiça para as vítimas e seus familiares. A sociedade precisa se unir para romper o ciclo de violência e construir um futuro mais seguro para todas as mulheres.