Líder em produção de proteína animal no Brasil e com uma agricultura forte, o Paraná terá o biometano como combustível complementar ao uso de gás natural na movimentação da frota rodoviária diretamente ligada ao campo, elevando o grau de sustentabilidade do Estado. Esse é o objetivo do Projeto Corredores Rodoviários Sustentáveis do Paraná, que será ampliado a partir do aproveitamento de dejetos e resíduos agroindustriais para movimentar as frotas rodoviárias paranaenses.
Na rota principal do biometano está previsto 4.586 quilômetros de estradas, cruzando 147 municípios, e destes fazem parte do trecho Bandeirantes e outras 11 cidades do Norte Pioneiro, que são Cambará, Andirá, Jacarezinho, Santo Antônio da Platina, Santa Mariana, Cornélio Procópio, Uraí, Conselheiro Mairinck, Guapirama, Jaboti e Japira.
Já os outros 159 municípios, por estarem em um raio de até 20 quilômetros da rota principal, também poderão produzir biometano para injetar em rede de gás ou para fornecer a postos. Deste número, 20 cidades estão no Norte e Norte Pioneiro, que são Abatiá, Assaí, Itambaracá, Leópolis, Nova América da Colina, Nova Fátima, Nova Santa Bárbara, Rancho Alegre, Santa Amélia, São Jerônimo da Serra, São Sebastião da Amoreira, Sertaneja, Ribeirão Claro, Joaquim Távora, Quatiguá, Tomazina, Pinhalão, Barra do Jacaré, Jundiaí do Sul e Figueira. Ao todo são 32 cidades que farão parte do projeto. Em Jacarezinho será instalado um dos postos de abastecimento.
O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSD), destacou que o Paraná está ampliando a sua base produtiva na agropecuária e o gás natural somado ao biometano, além de sustentável, será mais econômico não só para o transporte como na produção do campo e das agroindústrias. Para ele, o sistema pode baratear em até 40% o custo do quilômetro rodado em veículos híbridos e em até 60%, quando o combustível for o biometano puro. “É mais uma grande alternativa de economia aos produtores do Norte Pioneiro que podem escoar a produção aos pequenos e grandes centros e para exportação. Na região, cada vez mais, a produção se diversificou e ganhou qualidade com as indicações geográficas, as certificações nacionais e internacionais e agora com o uso de biocombustíveis. Isso garante mais um selo, agrega valor na venda aos mercados cada vez mais exigentes”, disse Romanelli e reforçou o comprometimento do Paraná em reduzir as emissões de metano até 2030, alinhado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. “O biometano, por ser totalmente renovável, pode contribuir, pois emite 95% a menos de dióxido de carbono na atmosfera, em comparação com o óleo diesel”.
Na próxima semana, no dia 12 de fevereiro, durante o Show Rural em Cascavel, o Estado e representantes do agronegócio e das transportadoras vão assinar uma carta compromisso para efetivar o projeto.
INÍCIO – No ano passado a Compagas iniciou a operação da primeira rota conectando Paranaguá e Londrina. No percurso já estão funcionando 11 postos de abastecimento de veículos leves e pesados movidos a gás. Novos postos devem se integrar neste ano.
Conforme o CIBiogás, o benefício no campo é ainda maior, pois retira da natureza dejetos animais, resíduos agrícolas, lixo orgânico e efluentes industriais, transformando-os em energia. Da mesma forma, a opção pelo biometano abre uma alternativa de independência em relação aos combustíveis fósseis, fortalecendo a segurança energética e reduzindo a vulnerabilidade às oscilações do mercado de petróleo. (Assessoria e informações da Agência Estadual de Notícias)