Por ser uma das atividades mais dependentes das condições climáticas e de fatores não controláveis, a agropecuária tem no seguro um dos melhores auxiliares para proteção da renda. Para baratear os custos, o Governo do Paraná é um dos poucos que conta com um programa estadual de subvenção econômica ao prêmio do seguro rural, complementar ao equivalente federal.
Neste ano é oferecido valor 100% superior ao normal. O seguro está sendo sendo considerado uma alternativa para os produtores rurais reduzirem perdas devido à pandemia do coronavírus.
Nos últimos anos, o Paraná tem investido entre R$ 8 milhões a R$ 9 milhões, distribuídos em aproximadamente cinco mil apólices. Para 2020, o valor disponível é superior, chegando a R$ 15 milhões, com abrangência para 28 culturas (grãos, hortaliças, frutas, pecuária de leite e corte, piscicultura e florestas plantadas), definidas na Resolução número 8, de 24 de janeiro de 2020.
Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o seguro assume, cada vez mais, papel relevante como pilar da política agrícola. “Num prazo não muito longo, assumirá relevância maior que a do próprio crédito”, afirma ele.
“Nossa expectativa é que, no plano safra nacional 2020/21, a ser anunciado na primeira quinzena de junho, ocorra um aumento de recursos para subvenção ao prêmio de seguro, quem sabe superando R$ 1,5 bilhão.”
Segundo Salatiel Turra, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o seguro rural evita um processo de renegociação de dívidas em decorrência de perdas climáticas, que é desconfortável para o produtor e caro para os cofres públicos. “Neste momento da pandemia da covid-19, o setor agropecuário também corre risco de perdas, por isso é importante ter o seguro e se beneficiar da possibilidade de subvenção do prêmio oferecida pelo Estado”, destacou.