Responsáveis devem levar as crianças e adolescentes aos postos de vacinação para que as doses sejam aplicadas
Teve início no último dia 08 a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e também a aplicação da Multivacinação. E hoje, sábado (20), acontece em Bandeirantes, e em todo o Estado do Paraná, o ‘Dia D’ de vacinação. Para reforçar a importância da campanha foi realizada uma carreata na sexta-feira (19), passando por todos os postos de saúde da cidade.

Para crianças de 1 a 4 anos (11 meses e 29 dias) a campanha é para a vacina contra Poliomielite (paralisia infantil); já para a idade de 0 a 14 anos será feita a Multivacinação (vacinas atrasadas). As vacinas para a pólio e gripe serão aplicadas em todos os postos da cidade, enquanto que as que estão em atraso, somente serão aplicadas no Posto Central, IBC I e Teixeirinha. A realização da Campanha de Vacinação é da Prefeitura e Secretaria da Saúde e conta com o apoio do Rotary Club de Bandeirantes.
Em 2015 a cobertura vacinal no Brasil contra a Poliomielite foi 98%, que é a cobertura ideal. No ano passado, ou seja, em 2021, o percentual ficou abaixo de 70%. O percentual de 69,9%, é considerado perigoso, porque há chance real da volta dessa doença, que não só paralisa, mas também pode matar.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação vai até o dia 9 de setembro. A ausência da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para se vacinar. A orientação para quem perdeu o documento é procurar o posto de saúde, onde as vacinas foram aplicadas, para resgatar o histórico de imunização e fazer a segunda via.
A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado Poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do Poliovírus.
SINTOMAS – Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.
Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente.
SEQUELAS – As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura. As principais são: problemas e dores nas articulações; pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão; crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta; dificuldade de falar; atrofia muscular; hipersensibilidade ao toque.