A exportação de tilápia é o destaque do Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. O documento semanal traz um raio-x da situação das principais atividades agropecuárias do Estado.
O Paraná está exportando o pescado para os Estados Unidos. A Copacol, uma das maiores cooperativas do Estado, iniciou a internacionalização dessa atividade com um projeto comercial piloto. Depois de abatida, a tilápia paranaense pode ser encontrada 48 horas depois nas gôndolas de supermercados de Miami.
Segundo o analista do Deral Edmar Gervásio, nem Brasil nem o Paraná têm tradição nas exportações de peixes. Mas, acredita, a piscicultura tende a crescer nos mercados interno e externo. Em 2019, o País gerou US$ 198 milhões em divisas com exportações de pescados, a maior parte das regiões Norte e Nordeste do País.
O analista acrescenta que o Paraná não soma exportações significativas, mas observa-se o início da participação nesse comércio internacional nos últimos dois anos, o que representa a abertura de uma janela de oportunidades para produtores paranaenses. No ano passado foram exportadas 195 toneladas e neste ano o Paraná já exportou 345 toneladas de peixes até setembro, gerando uma receita de US$ 603 mil.
“O mercado de pescados é competitivo e nossos custos de produção são altos, o que torna nosso produto pouco atrativo no mercado internacional, quando comparado aos dos grandes players, principalmente de pescados de captura”, disse o Gervásio.
SOJA E MILHO – O boletim aponta que o plantio de grãos da safra de verão 2020/21, soja e milho, segue avançando, apesar das chuvas irregulares, cujo volume ainda não repôs a umidade que o solo necessita. Até a semana passada, o total semeado era de aproximadamente 1,8 milhão de hectares, o que equivale a 32% da área total estimada para esta safra. No mesmo período do ano passado haviam sido semeados perto de 2,4 milhões de hectares.
Os plantios estão avançando conforme a umidade do solo permite, o que deve ocorrer até o fim dos trabalhos. A expectativa dos produtores e do setor é que as chuvas, mesmo que irregulares, ocorram nos momentos certos para o bom desenvolvimento da safra e que essa condição possa garantir as produtividades estimadas no início do plantio.
O plantio da primeira safra de milho 2020/2021 atingiu 86% de uma área estimada em 360 mil hectares. As condições das lavouras das áreas já plantadas permanecem estáveis, 83% delas em condições boas. (Da assessoria)