Ponta Grossa, São Miguel do Iguaçu, Porto Rico, Sertaneja e Iguatu registraram casos autóctones. No total, são 44 municípios, com 142 casos confirmados, segundo boletim da Secretaria da Saúde.
Mais cinco municípios do Paraná – Ponta Grossa, São Miguel do Iguaçu, Porto Rico, Sertaneja e Iguatu – registraram, nesta semana, casos autóctones de dengue, ou seja, as pessoas foram infectadas na própria cidade, o que confirma a circulação do vírus. Esses municípios, com exceção de Ponta Grossa, estão localizados na região que atrai a atenção dos órgãos de vigilância sanitária, o Norte, Noroeste e Oeste do Paraná.
No total, são 44 municípios paranaenses que apresentam os 142 casos confirmados da doença. Os dados estão no boletim epidemiológico sobre a situação da dengue, chikungunya e zika divulgado nesta terça-feira (15) pela Secretaria da Saúde do Paraná.
O aumento de cerca de 10% (na semana passada eram 129) se dá porque vários municípios fizeram recesso no final do ano e acumularam as notificações nesta semana. “Isso já era esperado”, explica a médica veterinária Ivana Belmonte, da Vigilância Ambiental da Secretaria. “Não significa que todas essas notificações se referem a casos da última semana”.
COMBATE – O município de Uraí não registrou novos casos, o que significa que as ações de combate ao vetor estão dando resultados. O bloqueio ao vírus foi intensificado na última semana depois de um caso suspeito que acabou na morte de uma adolescente de 14 anos.
Em Foz do Iguaçu foram registrados dois casos de dengue, um deles com sinal de alarme; o segundo, mais grave, é de um residente no Paraguai, portanto não consta das estatísticas. Na região de Curitiba, foi notificado apenas um caso, em Almirante Tamandaré, mas a doença foi contraída fora do Paraná.
ALERTA POPULAÇÃO – A Secretaria da Saúde também reforça o importante papel que a população tem para minimizar a incidência da dengue no Paraná. “A proliferação do mosquito transmissor aumenta muito no verão e é absolutamente necessário que as pessoas eliminem todo tipo de água parada como vasos de plantas, garrafas, lixo, bebedouros de animais, entre outros onde as larvas do mosquito se criam”, afirma Ivana Belmonte.
Os casos mais graves costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), imuno-suprimidos, pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.
SINTOMAS – No entanto, a orientação é que todos busquem atendimento de saúde logo que apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento. Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados.
O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.
Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas pet, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, ocos de árvores, bromélias e bandejas externas de geladeira. (Da assessoria).