Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos falar sobre o bem-aventurado Francisco.
TERCEIROLIVRO de Tomás de Celano.

Sobre a canonização do bem-aventurado São Francisco e seus milagres.

Depois de ter passado uma noite orando diante do túmulo do santo, conseguiu estender a perna e voltou para casa sem muleta, louco de alegria. Havia também um menino com uma perna tão contraída que o joelho estava ligado ao peito e o calcanhar às nádegas. Foi ao sepulcro de São Francisco, usando o pai um cilício para se mortificar, enquanto a mãe fazia grandes sacrifícios. Ficou tão completa e repentinamente curado que podia correr pelas praças, todo feliz, dando graças a Deus e a São Francisco.

Na cidade de Fano, havia outro aleijado cujas pernas, cheias de feridas, tinham grudado nas nádegas e exalavam um mau cheiro tão forte que os enfermeiros não o queriam receber no hospital nem tratá-lo. Pelos méritos do santo pai Francisco, cuja misericórdia invocou, teve pouco depois a alegria de ficar curado. Uma menininha de Gúbio, de mãos retorcidas, perdera todo o uso dos membros havia mais de um ano. Sua ama, para obter a graça da saúde, levou-a com uma imagem de cera ao túmulo de nosso pai São Francisco.

Depois de oito dias, teve os membros de tal forma recuperados que pôde voltar a fazer normalmente tudo que fazia antes. Um menino de Montenegro passou vários dias deitado diante da porta da igreja em que descansa o corpo de São Francisco, porque não podia andar nem sentar, entrevado da cintura para baixo. Um dia, entrou na igreja e tocou o sepulcro de nosso bem- aventurado pai São Francisco, voltando para fora são e salvo.

Contava o próprio rapaz que, estando diante do túmulo do glorioso santo, apareceu-lhe um jovem vestido com o hábito dos frades. Estava em cima do sepulcro e tinha algumas peras nas mãos. Chamou o menino e lhe ofereceu uma pêra, animando-o para se levantar. O menino pegou a pêra de suas mãos e disse: “Sou aleijado e não posso me levantar”. Mas comeu a pêra e começou a estender a mão para outra que o jovem lhe oferecia. Este insistiu em que se levantasse, mas o menino, preso pela doença, não se moveu.

Então o moço deu-lhe a pêra, mas tomou-lhe a mão estendida. Levou-o para fora e desapareceu de seus olhos. Vendo-se curado e incólume, o menino começou a gritar em alta voz, contando a todos o que lhe acontecera. Uma mulher de Coccorano foi levada ao sepulcro do glorioso pai em uma cesta, porque tinha perdido o movimento de todo o corpo, menos o da língua. Demorando-se um pouco diante da tumba do santo, saiu completamente curada. Também um cidadão de Gúbio levou o filho aleijado numa cesta para o túmulo do santo pai e o recebeu curado e incólume. Fora tão disforme que as pernas, além de grudadas às nádegas, tinham secado de todo. Bartolomeu, um pobre mendigo de Narni, dormiu embaixo de uma nogueira e acordou tão entrevado que não podia andar. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa
Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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