Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos falar sobre o bem-aventurado Francisco.
TERCEIROLIVRO de Tomás de Celano.

Sobre a canonização do bem-aventurado São Francisco e seus milagres.

O dia era esplêndido e radiante com as cores mais maravilhosas. Verdes estavam as oliveiras e cobertas todas as árvores de folhagem renovada. A ornamentação festiva refulgia no rosto das pessoas e a bênção da paz alegrava os corações de todos os presentes. No fim, o feliz Papa Gregório desceu do trono e entrou no santuário pela escadaria inferior, para oferecer os votos e sacrifícios. Beijou com alegria a tumba que encerrava o corpo sagrado e dedicado ao Senhor. Fez repetidas preces, celebrou os mistérios sagrados. Rodeava-o a coroa dos irmãos, louvando, adorando e bendizendo a Deus onipotente, que realizou portentos em toda a terra.

O povo inteiro repetia os louvores de Deus e em honra da Trindade excelsa rendeu graças a São Francisco. Tudo isso aconteceu na cidade de Assis, no segundo ano do pontificado do Senhor Papa Gregório IX, a 16 de julho de 1228. Para animar nossos contemporâneos a abraçar sua devoção e para corroborar a fé dos futuros, invocamos suplicantes a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo e transcrevemos, em forma breve, mas fiel, os milagres que – como dissemos – foram lidos e anunciados ao povo na presença do senhor Papa Gregório. No mesmo dia em que o sacrossanto corpo do bem-aventurado pai Francisco, embalsamado pelos aromas do céu mais do que por especiarias terrenas, foi sepultado como um tesouro muito precioso, trouxeram uma menina que havia mais de um ano estava com o pescoço monstruosamente torcido e a cabeça enterrada no ombro, de modo que só de lado conseguia olhar para cima. Mas ela colocou por algum tempo a cabeça embaixo da urna em que jazia o precioso corpo do santo e imediatamente, pelos méritos dele, endireitou o pescoço e recobrou a posição normal da cabeça.

A transformação foi tão repentina que a criança, muito assustada, fugiu chorando. Devido à prolongada enfermidade, estava com uma cavidade no ombro, no lugar em que a cabeça estivera dobrada. No condado de Narni, havia um menino com uma perna tão torcida que não podia andar sem muletas. Vivia de esmolas, estava doente havia muitos anos e não conhecia pai nem mãe. Pelos méritos de nosso bem-aventurado pai Francisco, ficou tão livre de seu mal, que passou a andar por toda parte sem muletas, louvando e bendizendo a Deus e a seu santo. Um cidadão de Foligno, chamado Nicolau, tinha a perna esquerda tão contraída que lhe causava uma dor enorme e gastara tanto com médicos para recobrar a saúde, que estava com dívidas acima de sua vontade e de suas posses. Vendo que não tinha conseguido nada com os tratamentos, tão atormentado de dores que seus gritos e gemidos não deixavam dormir os vizinhos, fez um voto a Deus e a São Francisco, e pediu que o levassem ao seu sepulcro. Depois de ter passado uma noite orando diante do túmulo do santo, conseguiu estender a perna e voltou para casa sem muleta, louco de alegria. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa
Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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