Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar a falar de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.

Os aleijados

Sofrendo por suportar o peso daquela mão que nem parecia sua, e que não usava, teve muitas vezes vontade de mandar cortá-la. Quando ouviu falar dos prodígios que o Senhor se dignava realizar por meio de sua serva Clara, fez voto e foi pressuroso ao sepulcro da virgem. Ofereceu uma mão de cera e se prostrou sobre a tumba da santa. Imediatamente, antes de sair da igreja, sua mão foi devolvida à saúde. Um certo Pedrinho, do castelo de Bettona, consumido por uma doença de três anos, parecia quase todo ressecado por tão prolongado mal. A violência da enfermidade dobrara-o tanto na cintura que, curvo e virado para a terra, mal podia andar, com um bastão. O pai do menino recorreu à habilidade de muitos médicos, principalmente dos especialistas em ossos quebrados. Estava disposto a gastar todos os bens para recuperar a saúde do filho. Mas, como todos responderam que não havia cura possível para aquele mal, voltou-se para a intercessão da nova santa, cujos prodígios ouvia contar. O menino foi levado ao lugar onde repousam os preciosos restos da virgem e, pouco depois de se deitar diante do sepulcro, obteve a graça da cura completa. Pois levantou-se na hora, ereto e sadio, andando pulando e louvando a Deus (cfr. At 3,8), e convidou o povo ali aglomerado a louvar Santa Clara. Havia um menino de dez anos, da vila de São Quirino, da diocese de Assis, aleijado desde o ventre de sua mãe (cfr. At 3,2): tinha as pernas finas, jogava os pés de lado e, andando torto, mal podia levantar-se quando caía. Sua mãe o havia oferecido muitas vezes em voto ao bem-aventurado Francisco, sem conseguir melhora. Ao ouvir dizer que a bem-aventurada Clara brilhava com novos milagres, levou o filho ao túmulo. Uns dias depois, os ossos das tíbias ressoaram e os membros ficaram normais. E o que São Francisco, implorado com tantos rogos, não tinha concedido, foi outorgado pela graça divina por sua discípula Clara. Um cidadão de Gúbio, Tiago de Franco, tinha um filho de cinco anos que, fraco dos pés, nunca andara nem podia andar. Lamentava-se pelo menino como uma mancha para a casa, o opróbrio da família. O rapaz deitava-se no chão e se arrastava no pó, querendo às vezes ficar em pé com um bastão, sem conseguir. A natureza dera-lhe o desejo de andar, mas negava a possibilidade. Os pais encomendaram o menino aos méritos de Santa Clara e, para usar suas palavras, prometeram que seria um “homem de Santa Clara”, se obtivesse a cura através dela. Foi só fazer o voto e a virgem de Cristo curou o seu homem, devolvendo a capacidade de andar bem ao menino oferecido. Os pais correram logo ao túmulo da virgem com ele, que brincava e saltava todo alegre, e o consagraram ao Senhor. Plenária, uma mulher do castelo de Bevagna, sofria uma contração na cintura havia muito tempo e só podia andar apoiada num bastão. Amém.

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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