Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar a falar de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.
Cura de tumores da garganta
Plenária, uma mulher do castelo de Bevagna, sofria uma contração na cintura havia muito tempo e só podia andar apoiada num bastão. Mas isso não a ajudava a levantar o corpo curvo, e se arrastava por toda parte com passos vacilantes. Numa sexta-feira, fez-se levar ao sepulcro de Santa Clara, onde rezou com a maior devoção e obteve de imediato o que confiantemente pedia. Assim ela, que tinha sido levada pelos outros, voltou no sábado seguinte com os próprios pés para casa, completamente curada. Uma moça de Perusa sofrera longamente muita dor com uns tumores da garganta, que o povo chama de escrófulas. Em sua garganta, dava para contar umas vinte bolhas, de modo que o pescoço dela parecia bem mais grosso que a cabeça. Sua mãe levou-a muitas vezes ao túmulo da virgem Clara, onde, com toda devoção, implorava a santa em seu favor. Uma vez, a moça ficou a noite inteira deitada diante do sepulcro, suou muito e os tumores começaram a amolecer e a sair um pouco do lugar. Com o tempo e pelos méritos de Santa Clara, desapareceram de tal modo que não sobrou absolutamente nenhum vestígio deles. Ainda durante a vida da virgem Clara, uma Irmã chamada Andrea sofreu de um mal semelhante na garganta. Certamente é estranho que, entre as brasas ardentes, se ocultasse alma tão fria e que, entre virgens prudentes, houvesse uma estulta imprudente. O certo é que uma noite Andrea apertou a garganta até se afogar, para expulsar o inchaço pela boca, querendo sobrepor-se ao que Deus queria para ela. Mas Clara, por inspiração, soube disso na mesma hora e disse a uma Irmã: “Corra, corra depressa ao andar de baixo e faça a Irmã Andrea de Ferrara tomar um ovo quente. Depois venha aqui com ela”. A outra foi correndo e encontrou Andrea sem falar, quase afogada por ter se apertado com as mãos. Ergueu-a como pôde e a levou consigo à madre. A serva de Deus lhe disse: “Pobrezinha, confesse ao Senhor seus pensamentos, que até eu sei muito bem quais são. O que você quis sarar vai ser curado pelo Senhor Jesus Cristo. Mas mude de vida para melhor, porque você não vai se levantar de outra doença que vai ter”. A estas palavras, ela recebeu o espírito de compunção e mudou sua vida bem valorosamente para melhor. Pouco tempo depois, já curada do tumor, morreu de outra doença.A região costumava ser assolada pela ferocidade cruel dos lobos que, atacando os próprios homens, muitas vezes comiam carne humana. Uma mulher chamada Bona, de Monte Galiano, na diocese de Assis, tinha dois filhos. Mal acabara de chorar por um, que os lobos tinham arrebatado, quando eles se precipitaram com a mesma ferocidade sobre o segundo. A mãe estava em casa, nos afazeres familiares. O lobo meteu os dentes no menino que andava lá fora e, mordendo-o pela cabeça, correu depressa para o mato com a presa. Amém.
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.