Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos falar sobre o bem-aventurado Francisco.

PRIMEIRO LIVRO de Tomás de Celano – Primeira Vida.

Para louvor e glória de Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Começa a vida do nosso beatíssimo Pai Francisco.

Da caridade e compaixão para com os pobres

Quantos tentaram roubar e consumir seus primeiros e melhores frutos! Mas todos foram vencidos e desbaratados pela espada de tão reverendo pai e senhor. Ele era um verdadeiro rio de eloquência, bastião da Igreja, defensor da verdade e protetor dos humildes. Bendito e memorável o dia em que o santo se confiou a tão venerável Senhor. Numa das muitas vezes em que o cardeal foi mandado como legado da Sé Apostólica à Toscana, São Francisco, que ainda não tinha muitos frades e queria ir à França, passou por Florença, onde morava nesse tempo o referido bispo. Ainda não estavam unidos por especial amizade, mas a fama de uma vida santa tinha unido os dois em mútuo afeto. De resto, como era costume de São Francisco visitar os bispos e padres logo que chegava a alguma cidade ou região, quando soube da presença de um bispo tão importante, apresentou-se com a maior reverência. O bispo o recebeu com muita devoção, como fazia sempre com todos os que pretendiam viver a vida religiosa e principalmente com os que levavam o estandarte da santa pobreza e humildade. Como era solícito em ajudar as necessidades dos pobres e se interessava pessoalmente por seus problemas, quis saber atenciosamente os motivos da visita do santo e escutou com muita bondade os seus projetos. Ao vê-lo desprendido como ninguém dos bens terrenos e tão abrasado no fogo que Jesus trouxe ao mundo, seu coração se juntou desde esse momento ao coração dele, pediu-lhe orações com devoção e lhe ofereceu com prazer sua proteção. Aconselhou-o por isso a desistir da viagem encetada para cuidar de guardar aqueles que o Senhor lhe confiara, com vigilante solicitude. Quando viu toda essa generosidade, bondade e decisão em tão ilustre personagem, São Francisco teve uma alegria enorme, lançou-se a seus pés e lhe confiou devotamente sua própria pessoa e os seus frades. Pai dos pobres, o pobre Francisco queria viver em tudo como um pobre; sofria ao encontrar quem fosse mais pobre do que ele, não por vanglória, mas por íntima compaixão. Não tinha mais do que uma túnica pobre e áspera, mas muitas vezes quis dividi-la com algum necessitado. Movido de enorme piedade, no tempo de muito frio, esse pobre riquíssimo pedia aos ricos deste mundo que lhe emprestassem mantos ou peles para poder ajudar os pobres em todas as partes. E como eles o atendiam com devoção e com maior boa vontade do que a do santo pai aos lhes pedir, ele dizia: “Eu recebo isto com a condição de vocês não ficarem esperando devolução”. E logo que encontrava um pobre ia todo alegre cobri-lo com o que tivesse recebido. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa

Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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