Paz e Bem, meu amigo e irmão, estamos falando de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.
A canonização da virgem Santa Clara
A admirável e venerável virgem Clara, serva fidelíssima de Cristo e amiga do Altíssimo foi abadessa e a primeira de todas as senhoras pobres no mosteiro de São Damião. Pois, tendo servido a Deus fielmente durante 42 anos no estádio da altíssima pobreza, a virgem preclara aí quebrou o alabastro do corpo, e, quando eles passaram, tendo servido fielmente a Deus, aproximava-se o prêmio da vocação suprema, precedido por múltiplas doenças. O vigor da carne sucumbiu nos primeiros anos à austeridade da penitência, nos últimos tempos foi ocupada por uma dura enfermidade. Na medida em que as doenças foram crescendo, quando já se aproximava da saída, sem tomar alimento algum durante 17 dias, foi tão revigorada pela fortaleza do Senhor que confortava no serviço de Cristo todos os que iam visitá-la. Quando se aproximava a hora do seu trânsito, eis que pela meia noite entrou um grupo de virgens em vestes alvas. Todas elas levavam uma coroa de ouro na cabeça, mas uma era mais elegante do que as outras, e de tanto esplendor, que mudou a noite em dia: a virgem das virgens, a mãe do Senhor Salvador. A rainha do céu foi para o leito em que estava deitada a esposa do Filho e, inclinando-se amorosissimamente sobre ela, deu-lhe um abraço docíssimo. Foi trazido pelas virgens um pálio de admirável beleza e, com todas querendo servir, o corpo de Clara foi coberto e o tálamo adornado. No dia seguinte à festa de São Lourenço saiu aquela alma santíssima para receber o prêmio perpétuo, e, dissolvido o templo da carne, o espírito migrou felizmente para os astros. Bendita saída do vale da miséria, que se tornou para ela entrada da vida eterna! Já se alegra a mesa dos cidadãos supremos no lugar do tênue viático, já em vez da vileza das cinzas a beatíssima Clara enfeita-se com a estola da gloria eterna, Isso foi no ano 1253 da encarnação de Cristo. A notícia da morte recente da virgem sacudiu todo do povo da cidade com a estupenda notícia. Acorreram homens, acorreram mulheres ao lugar, e em tanta multidão inundou o povo, que a cidade pareceu ficar deserta. Todos a proclamavam santa, todos diziam que era querida por Deus e, no meio das palavras de louvor, alguns choravam. Veio também o prefeito com um grupo de soldados e uma multidão de homens armados, montando guarda diligente naquela tarde e durante toda a noite, para que não sofresse nenhum detrimento o precioso tesouro que tinham em seu meio. Moveu-se no segundo dia toda a cúria romana, isto é, o Vigário de Cristo com os cardeais, indo todos para o lugar, e toda a cidade dirigiu os passos para São Damião. Chegou a hora da celebração divina, e os frades começaram o ofício dos mortos, mas de repente o papa Inocêncio IV disse que devia ser rezado o ofício das virgens, de modo que parecia querer canonizá-la antes de entregar o corpo à sepultura. Mas o eminentíssimo varão, o senhor de Óstia, disse que nessas coisas era melhor ir mais devagar. Depois de suas palavras, foi celebrada a missa de defuntos. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa
Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.