Paz e Bem, meu amigo e irmão, estamos falando de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.
Os milagres de Santa Clara depois de sua morte
Começou então a acorrer muita gente ao túmulo da virgem, louvando a Deus e dizendo: “Santa de verdade, reinas verdadeiramente gloriosa com os anjos, tu que tanta honra recebes dos homens na terra. Intercede por nós diante de Cristo, ó primícias das senhoras pobres, que guiaste tanta gente para a penitência e levaste tantos para a vida”. Poucos dias depois, Inês, chamada às bodas do Cordeiro, seguiu a irmã Clara nas eternas delícias. Lá as duas filhas de Sião, irmãs na natureza, na graça e no reino, rejubilam-se em Deus sem fim. E de fato, Inês teve antes de morrer a consolação que Clara prometera. Como tinha passado do mundo para a cruz precedida pela irmã, quando Clara brilhava com prodígios e milagres, Inês também saiu da luz do mundo e foi depressa atrás dela acordar em Deus. Por graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém. Costumes santos e obras perfeitas são o verdadeiro prodígio dos santos. Esse é o testemunho que devemos venerar em seus milagres. João não fez sinal nenhum (Jo 10,41); mas os que fazem milagres não são mais santos do que ele. Por isso, bastaria sua vida perfeitíssima, se outra coisa não fosse pedida pela tibieza e pela devoção do povo. Clara é ilustre em todo o mundo pela fama dos méritos que teve enquanto viveu e mais ainda pela luz dos milagres agora que mergulhou na claridade perpétua. Obriga-me a sinceridade que jurei a escrever muitas coisas; seu número me faz passar muitas por alto. Um menino de Perusa, chamado Tiaguinho, mais que doente parecia possuído por um dos piores demônios. Às vezes, jogava-se desesperado no fogo, ou se debatia no chão. Também mordia as pedras até quebrar os dentes, ferindo muito a cabeça e machucando-se até ficar com o corpo todo ensanguentado. De boca torcida, língua de fora, virava muitas vezes os membros com tão estranha habilidade que se transformava numa bola, passando a perna pelo pescoço. Essa loucura o atacava duas vezes por dia; nem duas pessoas podiam impedi-lo de tirar a roupa. Procuraram a ajuda de médicos competentes, mas não encontraram nenhum que conseguisse resolver o caso. Seu pai, Guidoloto, não tendo encontrado entre os homens remédio algum para tamanho infortúnio, recorreu ao poder de Santa Clara e rezou: “Ó virgem santíssima! Ó Clara, venerada pelo mundo, eu te ofereço meu pobre filho, e te imploro na maior súplica que o cures”. Cheio de fé, foi logo ao sepulcro e, colocando o rapaz em cima da tumba da virgem, obteve o favor enquanto o pedia. De fato, o menino ficou livre na mesma hora daquela doença e nunca mais foi molestado por nenhum malparecido. Alexandrina de Fratta, na diocese de Perusa, era atormentada por um demônio terrível. Dominara-a tanto que a fazia revolutear como um passarinho em cima de uma alta rocha que se erguia à beira do rio. Depois, ainda a fazia escorregar por um galho de árvore muito fino que pendia sobre o Tibre, como se estivesse brincando. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa
Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.