Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Sobre diversos outros milagres.

Pensando em tirar o couro do animal, mas não tendo nenhum instrumento para isso, voltou para casa, deixando o boi aos cuidados de São Francisco, para que os lobos não o devorassem antes de sua volta. Bem cedinho voltou ao boi deixado no bosque junto com o homem que ia fazer o serviço, mas encontrou o boi pastando de tal modo, que não conseguiu distinguir que perna tinha estado quebrada. Deu graças ao bom pastor, que tinha cuidado e dado remédio. Um outro homem, de Amiterno, tinha perdido fazia três anos o seu jumento, roubado. Voltou suas orações a São Francisco ajoelhando-se diante dele com lamentações e súplicas. Certa noite, tendo adormecido, ouviu uma voz que lhe dizia: “Levanta-te, vai a Espoleto e de lá vais trazer teu jumento”. Acordou admirado com aquela voz, mas dormiu de novo. Foi chamado mais uma vez, teve de novo uma visão parecida, mas, virando-se, perguntou quem era. Ele disse: “Eu sou aquele Francisco que invocaste”. Como ainda tinha medo de que fosse uma ilusão, deixou de cumprir a ordem. Mas foi chamado pela terceira vez, e obedeceu devotamente. Foi a Espoleto e encontrou o jumento sadio. Recuperou-o sem dificuldade e voltou para casa. Contou esse fato para todos e se fez servo perpétuo de São Francisco. Um cidadão de Interdoclo tinha comprado uma bacia muito bonita e a dera à mulher para que a guardasse cuidadosamente. Um dia, uma empregada da mulher pegou a bacia e pôs dentro panos com lixívia para lavar. Mas tanto pelo calor do sol quando pela acidez da lixívia, a bacia se partiu e já não servia para mais nada. A empregada foi tremendo levar a bacia para sua senhora e mostrou o que tinha acontecido mais com lágrimas do que com palavras. A mulher, não menos assustada, com medo da raiva do marido, tinha como certo que ia apanhar. Escondeu bem a bacia e invocou os méritos de São Francisco, pedindo a sua graça. De repente, com a ajuda do santo, as partes se juntaram e a bacia estragada se reintegrou. Alegraram-se as vizinhas, que antes tinham ficado com pena da coitada; a mulher foi a primeira que contou o fato maravilhoso ao marido. Um dia um homem de Monte dell’Olmo, nas Marcas, estava pondo a relha no arado e percebeu que ela estava toda quebrada. Ficou triste tanto pela quebra da relha quanto pela perda do dia e chorou bastante. Dizia: “Ó bem-aventurado Francisco, socorre-me que confio na tua misericórdia! Vou dar uma medida de trigo todos os anos a teus frades e vou cuidar de seus serviços se tiver agora a experiência de tua graça, como tantos já tiveram”. Terminada a oração, a relha se firmou, soldou-se o ferro e não ficou nem sinal da rachadura. Um clérigo de Vicalvi, chamado Mateus, tendo bebido um veneno mortal, ficou tão atacado e manifestamente ferido que nem conseguia falar e só esperava o fim. Um sacerdote o admoestou a que se confessasse e não conseguiu tirar nenhuma palavra dele. Mas ele estava rezando no seu coração humildemente a Cristo, para que o libertasse pelos méritos de São Francisco. Logo, mal pronunciou com voz chorosa o nome de São Francisco, vomitou o veneno na frente de testemunhas. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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