Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora ORAÇÕES – Ofício da Paixão.

Sumo, glorioso Deus, Ilumina as trevas do meu coração e dá-me fé direita, esperança certa e caridade perfeita, bom senso e conhecimento, Senhor, para que faça teu santo e verdadeiro mandamento.

É uma preciosa coleção de quinze Salmos e uma antífona de Nossa Senhora que São Francisco fez para celebrar todos os dias, paralelamente ao Ofício Divino, o mistério de Jesus Cristo. Treze dos Salmos são elaboração dele, usando principalmente trechos de Salmos bíblicos. Esse “Ofício” não está contido em muitos pergaminhos medievais, mas não há dúvidas quanto a sua autenticidade. Os poucos pergaminhos não davam um título. Wadding inventou esse de “Ofício da Paixão do Senhor”, que foi aceito por Lemmens e Boehmer. Na realidade, São Francisco celebra também a Páscoa e todo o mistério de Jesus. Alguns autores achavam que era um texto sem importância, porque feito com retalhos de Salmos conhecidos. Mas é justamente aí que está sua importância: a seleção feita pelo Santo. A Legenda de Santa Clara, diz que ela “aprendeu o Ofício da Cruz feito por São Francisco e o recitava com igual afeto”. É um dos melhores escritos para demonstrar a identificação de Francisco com Jesus Cristo. Começam os Salmos que foram organizados pelo beatíssimo pai nosso Francisco para reverenciar, recordar e louvar a Paixão do Senhor. Que devem ser ditos em todas as horas do dia, apenas um. E começam nas Completas da Sexta-Feira Santa, porque nosso Senhor Jesus Cristo foi traído e preso naquela noite. E note que assim dizia este ofício o bem-aventurado Francisco: Primeiro dizia a oração, que o Senhor e Mestre nos ensinou: Santíssimo Pai nosso, etc. com os louvores, isto é, Santo, Santo, Santo, como está acima. Terminados os louvores com a oração, começava esta antífona, a saber: Santa Maria. Primeiro dizia os Salmos de Santa Maria, depois dizia os outros Salmos que tinha escolhido e, no fim de todos os Salmos, que dizia, recitava os Salmos da paixão. Terminado o Salmo, dizia esta antífona, isto é, Santa Maria Virgem. Terminada a antífona estava acabado o ofício.

Antífona: Santa Virgem Maria, não nasceu nenhuma semelhante a vós entre as mulheres neste mundo, filha e serva do altíssimo sumo Rei e Pai celeste, Mãe do nosso santíssimo Senhor nosso Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo: Rogai por nós com São Miguel Arcanjo e todas as virtudes dos céus e todos os santos junto a vosso santíssimo dileto Filho, Nosso Senhor e Mestre! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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