Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar a falar de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.
Diversos milagres que fazia com o sinal e a virtude da santa Cruz
Uma filha familiar voltou diversas vezes para ver se precisava de alguma coisa e a encontrou sempre do mesmo jeito. Quando chegou a noite do sábado, a devota filha acendeu uma vela e, sem falar, com um sinal, lembrou sua mãe da ordem que recebera de São Francisco. Pois o santo mandara que não deixasse passar um só dia sem comer. Na sua presença, Clara, como se voltasse de algum outro lugar, disse o seguinte: “Para que a vela? Não é dia? ” “Madre, respondeu a outra, foi-se a noite, já passou um dia, e voltou outra noite”. Clara disse: “Bendito seja este sonho, filha querida, porque ansiei tanto por ele e me foi concedido. Mas guarde-se de contar este sonho a quem quer que seja, enquanto eu viver na carne”.
O Crucifixo amado correspondeu à amante que, acesa em tão grande amor pelo mistério da cruz, foi distinguida com sinais e milagres pelo seu poder. Quando fazia o sinal da cruz vivificante sobre os enfermos, afastava milagrosamente as doenças. Vou contar alguns casos, entre tantos. São Francisco mandou a dona Clara um frade enlouquecido, chamado Estêvão, para que traçasse sobre ele o sinal da cruz santíssima, pois conhecia sua grande perfeição e venerava sua grande virtude. A filha da obediência fez sobre ele o sinal, por ordem do pai, e deixou-o dormir um pouquinho, no lugar onde ela mesma costumava rezar. E ele, livre do sono daí a pouco, levantou-se curado e voltou ao pai, liberto da loucura.
Mateusinho, um menino de três anos da cidade de Espoleto, tinha enfiado uma pedrinha na narina. Ninguém conseguia tirá-la do nariz do menino, nem ele podia expeli-la. Em perigo e com enorme angústia, foi levado a dona Clara e, quando foi marcado por ela com o sinal da cruz, soltou de repente a pedra e ficou livre. Outro menino, de Perusa, tinha o olho velado por uma mancha e foi levado à santa serva de Deus. Ela tocou o olho da criança, marcou-a com o sinal da cruz e disse: Levem-no a minha mãe, para fazer nele outro sinal da cruz”. Sua mãe dona Hortolana seguira a plantinha, entrara na Ordem depois da filha e, viúva, servia ao Senhor no jardim fechado com as virgens.
Ao receber dela o sinal da cruz, o olho do menino se livrou da mancha, e ele viu clara e distintamente. Clara disse que o menino tinha sido curado por mérito de sua mãe; a mãe deixou em favor da filha o crédito do louvor, dizendo-se indigna de coisa tão grande. Uma das Irmãs, chamada Benvinda, tinha suportado quase doze anos embaixo do braço a chaga de uma fístula que soltava pus por cinco orifícios. Compadecida, a virgem de Deus Clara aplicou seu emplastro especial do sinal de salvação. Foi só fazer a cruz e, de repente, ela ficou perfeitamente curada da velha úlcera. Outra Irmã, chamada Amata, jazia doente de hidropisia havia treze meses, consumida também pela febre, a tosse e uma dor de lado. Amém.
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.