Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar a falar de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.

Os milagres de Santa Clara depois de sua morte

Todos a proclamam santa, todos dizem que é querida e alguns choram entre frases de louvor. Vem o podestá com um cortejo de cavaleiros e uma tropa de homens armados, e montam diligente guarda naquela tarde e toda a noite para não perderem nada do precioso tesouro que tinham entre eles. No dia seguinte, moveu-se a corte inteira. O Vigário de Cristo foi para lá com os cardeais e toda a cidade se encaminhou para São Damião. Quando ia começar a celebração e os frades iniciaram o ofício dos mortos, o senhor Papa disse, de repente, que se devia rezar o ofício das virgens e não o de defuntos, como se quisesse canonizá-la antes que o corpo fosse entregue à sepultura. O eminentíssimo senhor ostiense observou que era preciso ir mais devagar nisso, e foi celebrada a missa de defuntos. Sentaram-se depois o sumo pontífice com a comitiva de cardeais e prelados, e o bispo de Óstia, tomando o tema da vaidade das vaidades (cfr. Ecl 1,2) louvou em notável sermão a gloriosa desprezadora da vaidade. Com devota deferência, cercam então os cardeais presbíteros a santa morta e fazem os ofícios de costume junto ao corpo da virgem. Depois, achando que não era seguro nem digno que tão precioso tesouro ficasse longe dos cidadãos, levaram-no honrosamente para São Jorge com hinos de louvor, ao som de trombetas e com solene júbilo. Era o lugar em que estivera sepultado antes o corpo do pai São Francisco, e assim ele, que, enquanto ela vivia, abriu-lhe o caminho da vida, por um presságio, preparou-lhe o lugar quando morta. Começou então a acorrer muita gente ao túmulo da virgem, louvando a Deus e dizendo: “Santa de verdade, reinas verdadeiramente gloriosa com os anjos, tu que tanta honra recebes dos homens na terra. Intercede por nós diante de Cristo, ó primícias das senhoras pobres, que guiaste tanta gente para a penitência e levaste tantos para a vida”. Poucos dias depois, Inês, chamada às bodas do Cordeiro, seguiu a irmã Clara nas eternas delícias. Lá as duas filhas de Sião, irmãs na natureza, na graça e no reino, rejubilam-se em Deus sem fim. E de fato, Inês teve antes de morrer a consolação que Clara prometera. Como tinha passado do mundo para a cruz precedida pela irmã, quando Clara brilhava com prodígios e milagres, Inês também saiu da luz do mundo e foi depressa atrás dela acordar em Deus. Por graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém. Costumes santos e obras perfeitas são o verdadeiro prodígio dos santos. Esse é o testemunho que devemos venerar em seus milagres. João não fez sinal nenhum (Jo 10,41); mas os que fazem milagres não são mais santos do que ele. Por isso, bastaria sua vida perfeitíssima, se outra coisa não fosse pedida pela tibieza e pela devoção do povo. Amém.

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui