Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o TRATADO DOS MILAGRES de Tomás de Celano. Sobre os mortos ressuscitados pelos méritos do bem-aventurado Francisco.
O bem-aventurado Francisco ficou em pé, levantou os olhos para o céu e chamou à parte o hospedeiro. “Irmão hospedeiro, disse-lhe, dobrando-me aos teus pedidos, entrei em tua casa para comer! Agora obedece depressa ao meu conselho, porque não comerás aqui, mas em outro lugar! Confesse os teus pecados com toda contrição, e não deixes nada que tenhas que manifestar numa verdadeira confissão. Hoje o Senhor vai te recompensar porque recebeste seus pobres com tanta devoção”. O homem concordou com as palavras santas na mesma hora e, chamando o companheiro de São Francisco, que era sacerdote, contou-lhe em verdadeira confissão todos os pecados. Preparou sua casa e ficou esperando, sem dúvidas, que se cumprisse a palavra do santo. Afinal, foram para a mesa e, começaram a comer. Depois de fazer o sinal da cruz, ele mesmo, tremendo, estendeu a mão para o pão. Mas antes de sua mão voltar, inclinou a cabeça e exalou o espírito. Como devemos amar a confissão dos pecados! Um morto ressuscita para confessar-se e um vivo, para não perecer eternamente, é libertado pelo benefício da confissão! O filhinho de um notário da cidade de Roma, de sete anos apenas, quando a mãe ia para a igreja de São Marcos para ouvir uma pregação, desejando seguí-la como uma criança, mas ela não deixou e ele ficou desassossegado, pulando pela janela da casa, não sei se por algum instinto diabólico. Quando se chocou com o chão, experimentou a morte, que é comum para todos. A mãe, que ainda não estava longe, ao ouvir o baque da queda, suspeitando do drama de seu tesouro, voltou correndo e encontrou o filho exânime. Logo voltou contra si mesma as mãos vingadoras; a vizinhança acorreu aos seus lamentos e chamaram médicos para o morto. Será que poderiam ressuscitar um morto? Passara a hora de prognósticos e dietas, e os médicos só podiam explicar, mas não ajudar quem já estava nas mãos de Deus. Os médicos declararam morto aquele que já não tinha mais calor nem vida, movimento ou força. Frei Rau, da Ordem dos menores, pregador conhecidíssimo em toda Roma, ia indo para pregar e chegou perto do menino. Cheio de confiança, disse ao pai: “Crês que Francisco, o santo de Deus, pode ressuscitar teu filho dos mortos pelo amor que sempre teve pelo Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo?”. O pai respondeu: “Creio firmemente e o confesso. Serei seu servo para sempre e vou visitar solenemente seu lugar sagrado”. O frade ajoelhou-se em oração com o seu companheiro e exortou todos a rezarem. Feito isso, o menino começou a bocejar um pouco, a mexer os braços e a se erguer. A mãe correu para abraçar o filho, o pai não se continha de alegria, e todo o povo, cheio de admiração, louvava em voz alta Cristo e seu santo. O menino logo começou a andar na frente de todos e voltou a viver muito bem. Os frades de Nocera pediram um carro de que necessitava por certo tempo a um homem chamado Pedro, que lhes respondeu estupidamente. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.