Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o SEGUNDO LIVRO de Tomás de Celano. Como lhe apareceram no caminho três mulheres, e depois de uma saudação original desapareceram.

Conversando familiarmente com o guardião, o santo começou a insinuar: “Irmão guardião, precisamos devolver o que não é nosso”. “Se estivermos com alguma coisa, vamos devolver”, respondeu o guardião. “Vamos devolver esta capa, que recebemos emprestada desta pobrezinha, porque ela não tem nada em sua bolsa para as despesas”. “Mas essa capa é minha, disse o guardião, e não foi emprestada por ninguém. Use-a enquanto te aprouver, mas tens que devolvê-la a mim quando não a quiseres mais”. (Na realidade, tinha-a comprado o guardião um pouco antes, para a necessidade de São Francisco). “Irmão guardião, insistiu o santo, sempre foste cortês comigo. Peço-te que mostres tua cortesia”. “Pai, faz como quiseres, tudo que o Espírito te sugerir! ” Disse o guardião. Então mandou chamar um secular muito devoto e lhe disse: “Toma esta capa e doze pães, e vai dizer àquela mulher pobrezinha: O pobre a quem emprestaste a capa manda agradecer o empréstimo. Agora fica com o que é teu”. Ele foi e disse como tinha ouvido. Mas a mulher, pensando que estava sendo enganada, disse enrubescida: “Deixa-me em paz com tua capa”. Mas o homem insistiu e lhe colocou tudo nas mãos. Vendo que não havia engano e com medo de perder lucro tão fácil, a mulher se levantou de noite e, esquecendo o tratamento dos olhos, foi embora com a capa. Vou contar em poucas palavras um fato admirável, de interpretação um tanto difícil, mas de autenticidade garantida. São Francisco, o pobre de Cristo, estava viajando de Rieti para Sena, para cuidar dos olhos, e atravessava a planície de Rocca de Campília levando como companheiro de viagem um médico ligado à Ordem. Eis que apareceram três mulheres pobrezinhas junto ao caminho, na passagem de São Francisco. Eram tão semelhantes no tamanho, na idade e no rosto, que pareciam três exemplares feitos na mesma forma. Quando São Francisco se aproximou, inclinaram reverentemente a cabeça e o saudaram com um cumprimento novo: “Bem-vinda, Senhora Pobreza! ” O santo se encheu na mesma hora de incontável alegria, porque não havia nenhuma saudação que mais gostasse de ouvir do que a que elas tinham escolhido. E pensando primeiro que aquelas mulheres fossem realmente pobrezinhas, virou-se para o médico que o acompanhava e disse: “Peço-te, pelo amor de Deus, que me dês alguma coisa para eu dar a essas pobrezinhas”. Ele saltou imediatamente do cavalo e deu algumas moedas para cada uma. Prosseguiram seu caminho, mas, voltando-se logo o médico e os frades, não viram sinal das mulheres em toda aquela planície. Muito admirados, juntaram mais esse fato às maravilhas do Senhor, sabendo que não havia mulheres capazes de voar mais rápido que as aves. Peregrinando pelo corpo longe do Senhor, Francisco, o homem de Deus, procurava fazer seu espírito estar presente no céu. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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