Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o SEGUNDO LIVRO de Tomás de Celano. Como libertou um irmão da tentação e sobre o bem da tentação.
Mas, se te parecer molesto todo esse cuidado por eles, tens que servir só ao Senhor, decididamente! ”. O diabo foi logo embora confundido e o santo voltou para a cela glorificando a Deus. Um frade espiritual, que estava entregue à oração nessa hora, viu tudo isso claramente à luz da lua que passava. Mas o santo ficou muito aborrecido quando soube que ele o tinha visto de noite, e lhe proibiu que o contasse a quem quer que fosse, enquanto ele vivesse neste mundo. Certa vez, um frade, que era assediado por uma tentação, disse ao santo, um dia em que estava sentado sozinho com o santo: “Reza por mim, meu bom pai, porque eu acho que serei libertado imediatamente de minhas tentações se te dignares rezar por mim. Estou sofrendo acima de minhas forças e sei que isso não te é oculto”. São Francisco respondeu: “Podes crer em mim, filho, que isso me faz acreditar ainda mais que és um servo de Deus. Fica certo de que, quanto mais fores tentado, mais te hei de amar”. E acrescentou: “Na verdade te digo, ninguém pode dizer-se servo de Deus enquanto não passar por tentações e tribulações. Uma tentação vencida é como um anel com que o Senhor desposa a alma de seu servo. Há muitos que se comprazem com os méritos que acumularam durante muitos anos e se alegram por não terem encontrado tentações. É bom que saibam que o Senhor levou em conta a fraqueza de seu espírito, se não, teriam morrido de susto, antes do combate. Pois não há duros combates onde não há virtude perfeita”. Não só foi só com tentações que este varão foi atacado por Satanás, porque o santo também teve que lutar com ele corpo a corpo. Numa ocasião em que o Cardeal Leão de Santa Cruz lhe pediu que fosse passar uns tempos com ele em Roma, escolheu uma torre afastada, que era dividida em nove arcadas formando apartamentos que pareciam celas de eremitério. Na primeira noite, quando estava para descansar depois de ter derramado suas orações, vieram os demônios e travaram ferrenhas batalhas contra o santo de Deus. Bateram nele por muito tempo e duramente, deixando-o, no fim, quase morto. Quando foram embora e o santo conseguiu recobrar o alento, chamou o companheiro que dormia em outro cubículo e, quando veio, disse: “Irmão, quero que fiques perto de mim, porque estou com medo de estar sozinho. Os demônios me bateram agora mesmo”. O santo tremia e tinha calafrios, como se estivesse com febre muito alta. Passaram a noite inteira sem dormir, e São Francisco disse ao companheiro: “Os demônios são os carrascos de nosso Senhor, a quem ele incumbe de punir os excessos. Mas é um sinal a mais da graça de Deus não deixar impune um servo seu enquanto está vivendo neste mundo”. “Para dizer a verdade, eu não me lembro de nenhuma ofensa que, pela misericórdia de Deus, já não tenha lavado pela penitência, porque a sua bondade paterna sempre me tratou assim, mostrando-me na oração e na meditação o que lhe agradava e o que lhe desagradava. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.