Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o SEGUNDO LIVRO de Tomás de Celano. Como, rezando, tirou água de uma pedra e a deu a um aldeão com sede.

Mas como chegaram e não o encontraram, porque já se havia retirado para sua cela, ficaram muito tristes: como não se podia dizer quando ia sair, a demora seria longa. Eles acharam que isso era merecido e se retiraram, desolados. Alguns dos que viviam com São Francisco os acompanharam, tentando consolá-los. Quando já estavam à distância de uma pedrada, o santo os chamou inesperadamente e disse a um dos companheiros: “Vai dizer àqueles meus irmãos que aqui vieram que olhem para mim”. Quando os frades se voltaram para ele, fez-lhes o sinal da cruz e os abençoou com muito afeto. Eles ficaram mais do que satisfeitos, porque conseguiram o que queriam e mais um milagre, e voltaram louvando e bendizendo o Senhor. Uma vez São Francisco quis ir a um certo eremitério para aí se entregar mais livremente à contemplação, mas estava não pouco enfraquecido e conseguiu com um homem pobre um jumento para montar. Como eram dias de verão, seguindo o homem de Deus e subindo a montanha, o camponês, cansado daquela viagem numa longa e dura caminhada, começou a desfalecer pelo ardor da sede antes de chegarem ao lugar. Gritou atrás do santo insistentemente e pediu que tivesse misericórdia dele: disse que ia morrer se não fosse reanimado com um pouquinho para beber. O santo de Deus, que sempre tinha compaixão dos aflitos, desceu imediatamente do jumento, ajoelhou-se no chão, estendeu as mãos para o alto e não parou de rezar enquanto não sentiu que tinha sido atendido. Disse, então, ao camponês: “Vai depressa, que ali mesmo encontrarás água para beber, produzida da pedra neste instante pela misericórdia de Cristo”. Estupenda bondade de Deus, que tão facilmente se inclina aos rogos de seus servidores! Um aldeão pôde beber a água da pedra pela virtude orante e tirou a bebida da rocha duríssima. Nesse lugar nunca tinha havido um curso de água i, nem puderam encontrá-lo mais tarde, de acordo com uma escrupulosa pesquisa. Por que admirar, se este homem, cheio do Espírito Santo, reproduz em si mesmo os feitos admiráveis de todos os justos? Não nos devemos surpreender de que uma pessoa unida a Cristo por graças tão singulares realize prodígios iguais aos que foram operados pelos outros santos. Uma vez, São Francisco estava sentado à mesa com os frades quando chegou um casal de passarinhos que ia todos os dias buscar migalhas da mesa, cuidadosos da formação de seus filhotes. O santo ficou todo contente com isso, fez-lhes carícias como era seu costume e tratou de juntar-lhes o sustento. Certo dia, pai e mãe apresentaram os filhotes aos frades, como que para agradecer por os terem alimentado, entregaram-nos e não apareceram mais. Os filhotes se acostumaram com os frades e andavam empoleirados em suas mãos, não como hóspedes, mas como de casa. Fugiam da presença dos seculares e só se apresentavam como discípulos dos frades. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui