Amanhã, quinta-feira dia 11, o debate será na cidade de Londrina no auditório da Sociedade Rural do Paraná, no Parque de Exposições Governador Ney Braga

Cornélio Procópio e região terão a oportunidade de debater sobre o novo modelo de concessão do pedágio no Paraná. A audiência pública promovida pela Frente Parlamentar sobre Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná realiza nesta sexta-feira (12) em encontro híbrido às 08h30min no anfiteatro do Centro Cultural. Amanhã, quinta-feira (11), será em Londrina no auditório da Sociedade Rural do Paraná, no Parque de Exposições Governador Ney Braga.

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), integrante da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, voltou a defender a alteração na proposta do Governo Federal, que prevê taxas de outorga nas praças de pedágio do Paraná. Segundo o deputado, o novo modelo vai provocar prejuízo à economia estadual, sobretudo aos pequenos produtores. “Vamos mobilizar a sociedade para que todos saibam que o pedágio é ‘a desgraça’ econômica do Paraná e um dos principais entraves para o desenvolvimento do Estado. Não queremos taxa de outorga. O que queremos é tarifa justa, com o maior volume de obras”, defende Romanelli.

O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT), disse que levar a discussão do novo modelo apresentado pelo Governo Federal à população é essencial, porque a proposta significa ‘mais 30 anos de contrato, mais 15 novas praças de pedágio e mais de 800 quilômetros pedagiados’. “Mais praças para arrecadar pedágio, mais tempo para pagar pedágio. Não podemos aceitar que coloquem as obras que não foram feitas e já pagas pelo povo paranaense no novo contrato”, disse. “O governo está passando a responsabilidade das atuais concessionárias para quem vai assumir as novas concessões. As obras já foram pagas e temos que acionar judicialmente, cobrar essas obras das atuais empresas. Essa modelagem que estão fazendo, com outorga, favorece as grandes e as mesmas empresas de hoje podem ficar por mais 30 anos”.

MANIFESTAÇÕES — Na região Oeste, entidades, lideranças e organizações da sociedade civil se colocaram contra tarifas abusivas, com a elaboração de abaixo-assinados e manifestações públicas, por meio de carreatas e cartas encaminhadas ao presidente Jair Bolsonaro, onde apelam para que os paranaenses não sejam prejudicados por mais 30 anos com tarifas abusivas e novas praças de pedágio.

O Conselho Regional de Economia do Paraná, em nota, diz que é contrário ao projeto de concessão no chamado modelo híbrido, com menor tarifa de pedágio, seguido de maior valor de outorga. No documento encaminhado ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Corecon-PR defende a adoção do modelo de menor preço de tarifa.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Foz do Iguaçu também se manifestou em defesa da menor tarifa de pedágio. O presidente Neandro Lunardi disse que é possível apresentar medida judicial, caso o governo não ouça o apelo da população, que pede concessão pelo menor preço.

NORTE — Nesta quinta e sexta-feira será a vez das regionais de Londrina e Cornélio Procópio debaterem o assunto. São três praças de pedágio exploradas pela Triunfo Econorte a qual cobra as maiores tarifas do Estado e provoca prejuízos incalculáveis à indústria da região, sobretudo ao agronegócio. Em Jataizinho, o valor da tarifa é de R$ 26,40. Em Jacarezinho, onde há duas praças consideradas irregulares, o valor cobrado é de R$ 24,40. Já em Sertaneja, o custo para trafegar pela rodovia é de R$ 22,70.

Romanelli lembra que pela nova proposta, além de manter essas três praças, o plano federal prevê a instalação de uma nova cobrança na PR-092, próximo a Quatiguá. O deputado observa ainda que a região é uma das principais produtoras de fruticultura do estado e os produtos oriundos de outras regiões do país também passam pelo Norte Pioneiro, em direção aos grandes centros consumidores e ao Porto de Paranaguá. “Além de pagar tarifas com preços muito caros, os paranaenses ainda terão de conviver com mais uma praça na região, o que vai encarecer a produção e tornar a indústria paranaense menos competitiva. Ninguém aguenta mais esse abuso que são os pedágios no Paraná”, disse Romanelli.

AGENDA —A audiência pública segue na próxima semana para Guarapuava (18/2), Francisco Beltrão (19/2), Maringá (25/2), Apucarana (26/2), Curitiba (4/3) e Ponta Grossa (5/3). A população destas regiões também terão a oportunidade de participar do debate sobre o pedágio, que quer envolver todo o Paraná na discussão quanto ao modelo de concessão das rodovias paranaenses proposto pelo Governo Federal. (Da redação com assessoria)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui